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publicado por Justiceiro, em 24.03.11 às 15:46link do post | favorito

 

 

Hoje ao navegar na Net, encontrei por acaso um texto (de autor desconhecido), sobre a tão falada “Geração à rasca”. Por diversas vezes no Facebook, em blogues ou em diversos fóruns de discussão, tive a oportunidade de exprimir qual a minha posição sobre esta auto­ denominada “geração que parece estar à rasca”. Muitos compreenderam os meus argumentos, enquanto outros tão simplesmente limitaram-se a atacar a minha pessoa ao invés das minhas ideias (ataque ad-hominem)…

 

Sou apartidário e pouco me interessa a política, mas tenho verificado que todos os políticos existem apenas para uma única razão: a ânsia de poder. É claro que existirão algumas excepções, mas como sempre, as excepções são raras! Depois de devidamente acomodados no trono político, pouco interessam as promessas eleitorais, muito menos o povo… Agem como senhorios deste país, achando-se no direito de comandar os destinos de toda uma nação, sempre sobre a cobertura de que foi a plebe que os nomeou... Da minha parte, o melhor que terei a fazer nas próximas eleições, será votar num partido que nunca tivesse estado no poder nos últimos 30 anos.

 

Quanto ao texto em si, revela na íntegra qual a minha posição sobre esta geração que está tudo menos à rasca (mais uma vez, haverá algumas excepções) …

 

Fica então aqui o tão famoso texto!


 

"Existe uma geração à rasca? Existe mais do que uma! Certamente!

Está à rasca a geração dos pais que educaram os seus meninos numa abastança caprichosa, protegendo-os de dificuldades e escondendo-lhes as agruras da vida.

Está à rasca a geração dos filhos que nunca foram ensinados a lidar com frustrações.

A ironia de tudo isto é que os jovens que agora se dizem (e também estão) à rasca são os que mais tiveram tudo.

Nunca nenhuma geração foi, como esta, tão privilegiada na sua infância e na sua adolescência. E nunca a sociedade exigiu tão pouco aos seus jovens como lhes tem sido exigido nos últimos anos.

Deslumbradas com a melhoria significativa das condições de vida, a minha geração e as seguintes (actualmente entre os 30 e os 50 anos) vingaram-se das dificuldades em que foram criadas, no antes ou no pós 1974, e quiseram dar aos seus filhos o melhor.

Ansiosos por sublimar as suas próprias frustrações, os pais investiram nos seus descendentes: proporcionaram-lhes os estudos que fazem deles a geração mais qualificada de sempre (já lá vamos...), mas também lhes deram uma vida desafogada, mimos e mordomias, entradas nos locais de diversão, cartas de condução e 1º automóvel, depósitos de combustível cheios, dinheiro no bolso para que nada lhes faltasse. Mesmo quando as expectativas de primeiro emprego saíram goradas, a família continuou presente, a garantir aos filhos cama, mesa e roupa lavada.

Durante anos, acreditaram estes pais e estas mães estar a fazer o melhor; o dinheiro ia chegando para comprar (quase) tudo, quantas vezes em substituição de princípios e de uma educação para a qual não havia tempo, já que ele era todo para o trabalho, garante do ordenado com que se compra (quase) tudo. E éramos (quase) todos felizes.

Depois, veio a crise, o aumento do custo de vida, o desemprego,... A vaquinha emagreceu, feneceu, secou.

Foi então que os pais ficaram à rasca.

Os pais à rasca não vão a um concerto, mas os seus rebentos enchem Pavilhões Atlânticos e festivais de música e bares e discotecas onde não se entra à borla nem se consome fiado.

Os pais à rasca deixaram de ir ao restaurante, para poderem continuar a pagar restaurante aos filhos, num país onde uma festa de aniversário de adolescente que se preza é no restaurante e vedada a pais.

São pais que contam os cêntimos para pagar à rasca as contas da água e da luz e do resto, e que abdicam dos seus pequenos prazeres para que os filhos não prescindam da internet de banda larga a alta velocidade, nem dos qualquercoisaphones ou pads, sempre de última geração.

São estes pais mesmo à rasca, que já não aguentam, que começam a ter de dizer "não". É um "não" que nunca ensinaram os filhos a ouvir, e que por isso eles não suportam, nem compreendem, porque eles têm direitos, porque eles têm necessidades, porque eles têm expectativas, porque lhes disseram que eles são muito bons e eles querem, e querem, querem o que já ninguém lhes pode dar!

A sociedade colhe assim hoje os frutos do que semeou durante pelo menos duas décadas.

Eis agora uma geração de pais impotentes e frustrados.

Eis agora uma geração jovem altamente qualificada, que andou muito por escolas e universidades mas que estudou pouco e que aprendeu e sabe na proporção do que estudou. Uma geração que colecciona diplomas com que o país lhes alimenta o ego insuflado, mas que são uma ilusão, pois correspondem a pouco conhecimento teórico e a duvidosa capacidade operacional.

Eis uma geração que vai a toda a parte, mas que não sabe estar em sítio nenhum. Uma geração que tem acesso a informação sem que isso signifique que é informada; uma geração dotada de trôpegas competências de leitura e interpretação da realidade em que se insere.

Eis uma geração habituada a comunicar por abreviaturas e frustrada por não poder abreviar do mesmo modo o caminho para o sucesso. Uma geração que deseja saltar as etapas da ascensão social à mesma velocidade que queimou etapas de crescimento. Uma geração que distingue mal a diferença entre emprego e trabalho, ambicionando mais aquele do que este, num tempo em que nem um nem outro abundam.

Eis uma geração que, de repente, se apercebeu que não manda no mundo como mandou nos pais e que agora quer ditar regras à sociedade como as foi ditando à escola, alarvemente e sem maneiras.

Eis uma geração tão habituada ao muito e ao supérfluo que o pouco não lhe chega e o acessório se lhe tornou indispensável.

Eis uma geração consumista, insaciável e completamente desorientada.

Eis uma geração preparadinha para ser arrastada, para servir de montada a quem é exímio na arte de cavalgar demagogicamente sobre o desespero alheio.

Há talento e cultura e capacidade e competência e solidariedade e inteligência nesta geração?

Claro que há. Conheço uns bons e valentes punhados de exemplos!

Os jovens que detêm estas capacidades/características não encaixam no retrato colectivo, pouco se identificam com os seus contemporâneos, e nem são esses que se queixam assim (embora estejam à rasca, como todos nós).

Chego a ter a impressão de que, se alguns jovens mais inflamados pudessem, atirariam ao tapete os seus contemporâneos que trabalham bem, os que são empreendedores, os que conseguem bons resultados académicos, porque, que inveja! que chatice!, são betinhos, cromos que só estorvam os outros (como se viu no último Prós e Contras) e, oh, injustiça!, já estão a ser capazes de abarbatar bons ordenados e a subir na vida.

E nós, os mais velhos, estaremos em vias de ser caçados à entrada dos nossos locais de trabalho, para deixarmos livres os invejados lugares a que alguns acham ter direito e que pelos vistos - e a acreditar no que ultimamente ouvimos de algumas almas - ocupamos injusta, imerecida e indevidamente?!

Novos e velhos, todos estão à rasca.

Apesar do tom desta minha prosa, o que eu tenho mesmo é pena destes jovens.

Tudo o que atrás escrevi serve apenas para demonstrar a minha firme convicção de que a culpa não é deles.

A culpa de tudo isto é nossa, que não soubemos formar nem educar, nem fazer melhor, mas é uma culpa que morre solteira, porque é de todos, e a sociedade não consegue, não quer, não pode assumi-la.

Curiosamente, não é desta culpa maior que os jovens agora nos acusam. Haverá mais triste prova do nosso falhanço?

Pode ser que tudo isto não passe de alarmismo, de um exagero meu, de uma generalização injusta.

Pode ser que nada/ninguém seja assim."


 

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publicado por Justiceiro, em 16.08.10 às 23:52link do post | favorito

       Este vídeo faz qualquer “baronesa” sentir-se uma insignificante bailarina daquelas de trazer por casa! Cuidem-se as Carolinas Salgado deste e doutro mundo… Essa dança que até agora era apanágio de algumas casas, digamos... duvidosas, agora também virou uma dança de homens e para mulheres. Homens belos, como o próprio vídeo mostra, homens com um corpo perfeito, o típico macho latino! Sim, porque machos latinos também os há nesse grande país que é a Índia! Carolina, se tivesses botado os olhinhos nestes gajos, a esta hora não estavas no desemprego a fazer de conta que és uma mulher séria!

 

PS. O que ainda val no meio de tudo isto, é a música.

 

 

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publicado por Justiceiro, em 12.06.10 às 13:45link do post | favorito

       Os amigos são para as ocasiões, e em tempo de crise, uma ajudinha vem sempre a calhar!

 

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publicado por Justiceiro, em 09.06.10 às 22:57link do post | favorito

       Está desempregado/a? Faça aqui o seu currículo. Preencher um currículo é toda uma arte, e este site o ajudará nessa matéria. Muito bom!

 

 

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publicado por Justiceiro, em 09.06.10 às 22:11link do post | favorito

      A crise fez mais uma vitima... Desta vez foi o bilionario Tony Starck (Iron Man para os amigos). Depois de se ver no desemprego, viu-se obrigado a trabalhar como engomador numa lavandaria.

 

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publicado por Justiceiro, em 09.06.10 às 20:53link do post | favorito

Quem não tem computador portátil, usa maquina de escrever!

 

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publicado por Justiceiro, em 09.06.10 às 12:39link do post | favorito

       Em tempo de crise, todas as dicas são boas.

Aprenda a reciclar papel higiénico... O talho e a cidade, os melhores conselhos ao melhor preço!

 

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