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publicado por Justiceiro, em 07.08.11 às 00:39link do post | favorito

 

O Ministério Público do Ceará (Brasil) formalizou no dia 14 de Junho do corrente ano uma acção civil pública contra as “Testemunhas de Jeová” por prática de discriminação religiosa em relação aos seus ex-fiéis.


A procuradora Nilce Cunha Rodrigues tomou a iniciativa a partir de uma representação do funcionário público Sebastião Oliveira que, após ser expulso da religião, passou a ser discriminado por colegas de trabalho, amigos e parentes, incluindo a sua mãe, que seguiram as normas de conduta da Testemunhas de Jeová.

O Senhor Oliveira começou a frequentar o movimento religioso em 1998 e foi baptizado em 2001. Em 2009, por questionar alguns pontos doutrinários da religião, foi sumariamente expulso (ou desassociado segundo a terminologia Jeovista) da seita, passando a ser vítima de intolerância por parte dos seus ex-irmãos de fé.

A procuradora destacou que, pelos relatos do Senhor Oliveira, houve, “forma evidente”, uma atitude de desrespeito para com os “direitos fundamentais da dignidade humana, da igualdade da honra e da imagem, da liberdade de consciência e crença e da livre associação”. 

Ela observou que as Testemunhas de Jeová são incongruentes porque relacionam-se com pessoas de outras religiões para doutriná-las, batendo de porta em porta, mas não com quem deixa ou é expulso da seita. O ex-membro “passará a sofrer acções de hostilidade e rejeição pelo mesmo grupo que antes o acolhera quando era praticante de outra religião”.


Na avaliação da procuradora Nilce, o propósito das Testemunhas de Jeová é “infligir sofrimentos” aos ex-fiéis “como forma de punição pelo facto de se terem afastado dos ensinamentos que a organização considera como verdade transmitida directamente por Deus ao Corpo Governante (hierarquia máxima dentro da seita).  Disse que se trata de um caso de violação do artigo 5º da Constituição Federal segundo o qual todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza.


Ela pediu à Justiça que impeça os Jeovistas de proibir que os ex-membros convivam com os seus familiares. Nesse sentido, as entidades que representam a religião não poderão pregar por qualquer meio de comunicação, inclusive oral, a intolerância religiosa. Solicitou, também, a aplicação de uma multa diária de 10 mil Reais para cada caso de desobediência.

 

Aqui texto da acção

 

Em Portugal, muito brevemente, poderemos assistir a acções semelhantes a esta… Actualmente, ex-membros da seita despertaram para a dura realidade que é ter toda uma família destruída por doutrinas inquisidoras e sectárias, não aceitando suportar tal tratamento cruel, infligido por uma leitura erronea da Biblia, e com uma interpretação muito própria.

 

A comunicação social Portuguesa também começou a interessar-se por esta forma de ostracização (até agora pouco divulgada). Muitas Testemunhas de Jeová gostariam de abandonar o movimento, mas sabendo de serão rejeitadas pelos seus familiares, os mesmos mantêem-se sobre a alçada duma organização que não acreditam minimamente, mas deixando assim que a mesma lhes controle a vida. Brevemente trarei mais notícias sobre esta matéria…

 

Vídeo da reportagem com entrevista à procuradora

 

A revista “A Sentinela” de 1º de Março de 1997, p. 4, diz o seguinte:

 

“Os fundamentalistas anseiam o retorno das velhas certezas, e alguns deles lutam para que suas comunidades e nações voltem ao que, em sua opinião, são os alicerces morais e doutrinais adequados. Fazem tudo ao seu alcance para forçar os outros a viver em conformidade com um código moral e um sistema de crenças doutrinais "correctos". O fundamentalista tem a forte convicção de que ele está certo e os outros errados."

 

Em poucas palavras: um auto-retrato hilariante.

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