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publicado por Justiceiro, em 25.11.10 às 00:05link do post | favorito

O mês passado adquiri o livro “Dans l’enfer des Témoins de Jéhovah” de Dany Bouchard. Não sou propriamente um grande devorador de livros, mas desde as primeiras páginas deste, que não consegui parar de o ler. Não é menos verdade que o mesmo trouxe-me alguns momentos de tristeza e dei por mim (várias vezes) a limpar as lágrimas que corriam rosto abaixo (é verdade, homem que é homem também chora!). O que mais me impressionou, foi como a escritora deixou o seio da seita Testemunhas de Jeová. Por vezes um pequeno clic basta para mudarmos toda uma vida…


1953, as Testemunhas de Jeová tocam à porta da residência da pequena Dany. Com quatro anos de idade, ela prepara-se para conhecer quarenta anos de reclusão. Proibido de brincar como as outras crianças, proibido de celebrar aniversários, proibido escutar músicas "pagãs"… resumindo, proibido levar uma vida normal como uma qualquer adolescente. O mais pequeno desvio aos regulamentos, trás consigo um sem número de sanções severas. O seu pai tem responsabilidades dentro da comunidade Jeovista e quer dar o exemplo. Violentas punições e tentativas de quarentena são a resposta a Dany por ela ousar viver uma vida mais livre. Casada, levará muitos anos para conseguir deixar as Testemunhas de Jeová. O assédio moral que sofreu enquanto criança, foi o mesmo que impôs aos seus próprios filhos. As barras da prisão que a seita construído gradualmente na sua mente são as mais difíceis de superar. Após uma longa luta bem sucedida, finalmente Dany consegue deixar a jaula que a enclausurava e, passo a passo, recuperou o que considerava perdido para sempre: a liberdade e a alegria de viver.


Um livro muito emotivo, que retrata bem qual o tipo de educação dada as crianças Testemunhas de Jeová e quais as suas reais consequências.


Para quem teima em dizer que movimento religioso das Testemunhas de Jeová é inofensivo, recomendo vivamente a leitura deste livro.


 

 


amulherdotalhante a 1 de Dezembro de 2010 às 23:44
se calhar até fazia bem a muita gente ler o livro e ter algum contacto com o inferno que se vive dentro e fora da organização... o problema é o livro estar escrito em francês e não haver ainda tradução
nem toda a gente é inteligente como tu e domina a língua dos aveques "kisses aos magotes

css a 13 de Dezembro de 2010 às 11:55
Bom dia,
antes de mais, parabéns pelo destaque.

Importa que me identifique como ateia e que refira que não li o livro que refere.

Mas não posso deixar de notar que liga, num nexo de causalidade absoluto, as descrições do livro com as práticas educativas de testemunhas de jeová. Parece-me muito redutor. Primeiro porque conheci, na minha infância, várias testemunhas de jeová: eram minhas amiguinhas de escola, ia a casa delas e sempre foi uma relação natural entre crianças (sem restrições) e sempre fui muito acarinhada pelos membros da sua família. Talvez a minha experiência seja única, mas elas são assim: cada caso é um caso e as generalizações são sempre muito redutoras.

Aliás, todas as restrições que refere, poderiam ser (facilmente) adaptadas a uma outra religião, ou até à ausência dela: são competência parentais e não cânones religiosos.

Mas esta é a apenas a minha opinião; vale o vale.

Justiceiro a 13 de Dezembro de 2010 às 14:16
Boa tarde.
Desde já deixe-me agradecer-lhe por ter visitado o meu blogue.

Tenho por hábito informar-me sobre determinado assunto antes de escrever sobre o mesmo. Queira acreditar que sobre o tema “Testemunhas de Jeová”, não falo, como se costuma dizer, por falar (neste caso escrever!). A educação de uma criança filho de uma Testemunha de Jeová, é muito peculiar. A mesma cresce num mundo totalmente à parte, onde são impostas inúmeras proibições. Ela vive debaixo de uma ditadura, onde apenas uma palavra existe: Jeová. Tudo na vida de uma criança é feito e calculado para agradar a Jeová deus. O medo que Jeová condene os seus comportamentos “mundanos”, faz com que a mesma não viva uma vida normal como toda e qualquer criança. Todo este tipo de educação tem repercussões para o desenvolvimento intelectual da mesma.
Mas sobre esta matéria, poderá ler mais aqui: http://otalho.blogs.sapo.pt/35273.html

Infelizmente, este tipo de tratamento dado a crianças Testemunhas de Jeová, não foi exclusivo da autora do livro. Existem milhares de indivíduos, que agora, adultos, decidiram quebrar o silêncio. Nunca disse e não digo que não existe amor por parte dos pais. Acredito que eles amem os seus filhos e queiram o melhor para eles. Mas tudo muda quando esse melhor é acreditar que um dia viverão para sempre num paraíso na terra e que para isso há que sacrificar o normal desenvolvimento dos seus filhos, proibindo-os do salutar companheirismo de outros amiguinhos. Todo aquele que não faz parte da seita é a evitar, não vá esse desviar a pobre criança para os caminhos do mal! É incentivado sim a aproximação apenas para o proselitismo.

Quando li o seu comentário pensei por momentos que não estávamos a falar das mesmas Testemunhas de Jeová, mas lembrei-me que também há aquelas que o são, e por vergonha (não sei), querem fazer acreditar que são apenas “amigos” ou “conhecem” alguém que é Testemunha de Jeová. Se esse não é o caso, queira desculpar-me, mas deveria tentar saber quem realmente são as Testemunhas de Jeová e verá que tudo não lhe foi contado…


Retrozão a 13 de Dezembro de 2010 às 15:16
Cara/o,

se não fala por falar, melhor. Eu também não. Falo da minha experiência; é reduzida, por ventura, mas é minha.
Quanto a ser ou não testemunha de jeová: não sou. E ponto. Que posso eu mais fazer? Não há atestados que me valham. Mas pode espreitar o meu blog pessoal, que regra geral não partilho e em que poderá ver que, por diversas vezes me acusei como ateia. (identidades2.sapo.pt).

E agora, pode questionar-se: e como sei que é ela, se não aparece no perfil? Veja a coincidência: cozinhadesolteira2 e identidades2; e nos links, referido o 1º blog como uma das minhas identidades. Mais não posso fazer.

Não mudei de ideias. Nunca medi ninguém pela sua orientação religiosa: conheci católicos que são uns cretinos e testemunhas de jeová adoráveis. Evangélicos hipócritas e adventistas do 7º dia que são um exemplo de carácter em qualquer religião. Agora troque (na frase) todas as religiões e os respectivos adjectivos e continua tudo verdade. ;)

Mas diz que não fala por falar e eu só tenho de acreditar. Mas acredite também que, do ponto de vista de uma leitora sua, o seu ponto de vista parece reduzido ao livro e documentário. E foi com base nesse pressuposto que iniciei a discussão.

;)

Justiceiro a 13 de Dezembro de 2010 às 15:41
Não são apenas livros ... também tem existe a componente "experiência pessoal" (infelizmente). Tenho conhecimento de causa...

Se não é Testemunha de Jeová, só tenho a dizer-lhe uma coisa: ainda bem! Acredite que elas não são quem aparentam.

Mais uma vez desculpe por a ter "julgado mal" (ser Testemunha de Jeová não é defeito) , mas por vezes muitos são aqueles que se fazem passar por simpatizantes, mas que não realidade são realmente TJs.

Volte sempre.

css a 13 de Dezembro de 2010 às 16:32
Cara/o,

se não fala por falar, melhor. Eu também não. Falo da minha experiência; é reduzida, por ventura, mas é minha.
Quanto a ser ou não testemunha de jeová: não sou. E ponto. Que posso eu mais fazer? Não há atestados que me valham. Mas pode espreitar o meu blog pessoal, que regra geral não partilho e em que poderá ver que, por diversas vezes me acusei como ateia. (identidades2.sapo.pt).

E agora, pode questionar-se: e como sei que é ela, se não aparece no perfil? Veja a coincidência: cozinhadesolteira2 e identidades2; e nos links, referido o 1º blog como uma das minhas identidades. Mais não posso fazer.

Não mudei de ideias. Nunca medi ninguém pela sua orientação religiosa: conheci católicos que são uns cretinos e testemunhas de jeová adoráveis. Evangélicos hipócritas e adventistas do 7º dia que são um exemplo de carácter em qualquer religião. Agora troque (na frase) todas as religiões e os respectivos adjectivos e continua tudo verdade. ;)

Mas diz que não fala por falar e eu só tenho de acreditar. Mas acredite também que, do ponto de vista de uma leitora sua, o seu ponto de vista parece reduzido ao livro e documentário. E foi com base nesse pressuposto que iniciei a discussão.

;)

css a 13 de Dezembro de 2010 às 16:35
Caro Talho,

preciso de um favor.

Que apague o meu comentário com o nome Retrozão - já o repliquei com CSS; estava com o login de uma colega a ajudá-la a editar uma foto de um evento e acabei por não fazer o logout.

Antecipados agradecimentos


css a 13 de Dezembro de 2010 às 11:59
P.S. - Maluquinhos, há-os em todas as religiões.

Justiceiro a 13 de Dezembro de 2010 às 14:17
É bem verdade!

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