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publicado por Justiceiro, em 23.08.10 às 20:11link do post | favorito
 

 0.10 (Enxerto de um DVD das Testemunhas de Jeová)

Como Testemunha de Jeová, tu sofres várias pressões. Os outros pensam que és esquisito, que fazes parte de uma seita, ou algo místico. Batiam-me, cuspiam-me. Nas aulas batiam-me nas costas para que eu não conseguisse ouvir. Quando eu ia para a escola, tinha o meu coração aos pulos.

 

0.33 (Nicolas Jacquette ex Testemunha de Jeová)

Ao fim e ao cabo, começamos a nossa infância, e acabamos por continuar a nossa vida com a síndrome da perseguição, convencidos de que ser perseguido é normal e que temos que ser perseguidos porque é a prova que estamos na verdade.

 

0.52 (Nicolas Jacquette ex Testemunha de Jeová)

Temos a obrigação de proselitismo sobre as crianças no meio escolar. Dizem-nos, que por eles não estarem na verdade, irão morrer no Armagedão. As Testemunhas de Jeová acreditam que só elas sobreviverão, e que a única maneira de salvar os outros, é um proselitismo intensivo.

 

1.19 (Nicolas Jacquette ex Testemunha de Jeová)

Eles tinham um termo que era: ter o sangue dos outros em cima da nossa cabeça. E desde pequeno tenho esta imagem do sangue dos meus camaradas que me escoria pela cabeça se não os evangelizasse. Ficava aterrorizado só de pensar nisso.

 

1.31 (Narrador)

Neste livro destinado aos jovens, encontramos esse mesmo discurso. Evitar os amigos do exterior, mas aproveitar os contactos para convertê-los.

 

1.44 (Narrador)

Educado por pais Testemunhas de Jeová até a idade de 16 anos, Franz não tinha o direito de ter amizades fora do movimento religioso. Foi a sua paixão pelos autocarros que lhe permitiu fugir.

 

2.03 (Narrador)

Foi aqui que ele fez as suas primeiras amizades “no mundo” , ou seja, fora das Testemunhas de Jeová, primeiro como utente dos autocarros e depois como apaixonado pelos mesmos, protegido pelos mecânicos.

 

2.14 (Franz)

Graças aos autocarros, conheci outras pessoas que não as Testemunhas de Jeová, pois neles viajam todo o tipo de pessoas. E isso ajudou-me a reconstruir-me.

 

2.33 (Narrador)

Mas quando Franz deixou a organização, o mais difícil para ele foi ousar movimentar-se sem receio no mundo exterior.

 

2.42 (Franz)

Eu só conhecia Testemunhas de Jeová. Uma vez decidi ir dar uma volta de autocarro. Vi outras caras, outras pessoas do mundo, e tentei procurar o que me ensinaram: os seus defeitos. Não vi nada. É claro que me sentia agitado, mas estava feliz. Nas Testemunhas de Jeová eu não era ninguém, se ainda lá estivesse eu continuava a ser um Zé-ninguém. Eu teria ficado louco, louco, louco. Eu acho que se não teria ido embora, estaria a esta hora morto.

 

3.42 (Narrador)

O sofrimento descrito pelas ex Testemunhas de Jeová é bem conhecido de Sonya Jougla. No seu consultório de psicologia, os ex adeptos exprimem frequentemente as mesmas dificuldades.

 

3.56 (Sonya Jougla)

O que é grave, é que a criança não consegue desenvolver-se como pessoa, com personalidade própria. Ela só pode ser aquilo para que foi formatada, ela tem que agradar a Jeová. Elas não podem desenvolver-se no plano emocional, afectivo e psicológico.

 

4.25 (Repórter)

Pode-se falar em mais tratos?

 

4.27 (Sonya Jougla)

Sem dúvida.

 

4.32 (Narrador)

O lazer, o desporto, a música, nada é deixado ao acaso nas Testemunhas de Jeová. Quando ela era adolescente, Lisa não tinha direito de ouvir música rock. Hoje abandonou a organização, aumentando a sua cultura musical.

 

4.54 (Lisa Taibi ex Testemunha de Jeová)

Nunca tinha pensado entrar aqui, até porque tinha medo. Isto não é bem o meu estilo, por causa da violência e da violência das palavras etc. Tudo o que me pudesse influenciar, tudo o que pudesses influenciar outras Testemunhas de Jeová a fazer alguma coisa contrária a bíblia, contrário as crença, não tinha direito de fazê-lo.

 

5.17 (Narrador)

Lisa tinha 12 anos quando a sua mãe tornou-se uma Testemunhas de Jeová. Ela seguiu os mesmos regulamentos que sua mãe até a idade de 25 anos. Hoje, Lisa acha que seguindo esses princípios (princípios das Testemunhas de Jeová), ela não teve adolescência, nem a possibilidade de se construir.

 

5.34 (Lisa Taibi)

Este mundo é passageiro, no entanto o futuro é o paraíso terrestre, a vida eterna sem nenhuma doença. Não teremos mais nenhum problema, tomarão conta de nós… enfim… o mundo dos Teletubbies. Os actos que a pessoa tem, servem para comprar a presença no novo mundo.

 

5.57 (Repórter)

Os estudos para si, eram um problema?

 

6.01 (Lisa Taibi)

Eu não tive direito a escolher o que gostava de seguir. Por exemplo, eu tive de aprender a costurar, porque é uma coisa que não rouba muito tempo. Queria ser fotógrafa, mas não dava, porque ainda seria obrigada a fotografar modelos nus. Seguir direito, também estava fora de questão, porque seria obrigada a defender mentirosos. Cabeleireira também não servia, por ser um meio pouco frequentável.

 

6.32 (Nicolas Jacquette ex Testemunhas de Jeová)

Eu queria ser desenhador, concretamente de desenhos animados, mas os meus pais diziam que era perigoso, porque as publicações das Testemunhas de Jeová diziam que os desenhos animados faziam apologia ao sexo, a violência, a magia, e que um dia, eu teria de desenhar coisas que fizessem referência a tudo isso.

 

6.58 (Narrador)

Jacques Luc já havia terminado os seus estudos quando veio a ser membro da organização. Durante 40 anos no meio das Testemunhas de Jeová, ele teve tempo para estudar as publicações da Watchtower. Os princípios e as directivas que dizem respeito aos jovens, ele conhece-as quase de cor.

 

7.18 (Jacques Luc ex Testemunha de Jeová)

Eles dizem o seguinte: “o ambiente universitário encoraja o espírito de independência e do laxismo, que estão na origem da impureza sexual e da toxicomania. Praticas essas que inúmeros jovens podem ter dificuldade de resistirem. Incitamos os jovens a continuar a procurar o conhecimento da bíblia, porque esse conduz a vida eterna.” Por outras palavras, é bem claro que frequentar cursos superiores, é fonte de todos os males.

 

7.56 (Narrador)

Os responsáveis das Testemunhas de Jeová, recusaram uma entrevista frente as câmaras, mas ao telefone, eis o que eles nos dizem quando os interpelamos sobre o acesso aos estudos superiores:

 

8.09 (Testemunha de Jeová)

Em alguns casos existem estudos superiores que podem ser prejudiciais

 

8.11 (Repórter)

Como por exemplo…

 

8.13 (Testemunha de Jeová)

Por causa das frequentações.

 

8.16 (Repórter)

O meio universitário é perigoso, podemos encontrar pessoas más?

 

8.17 (Testemunha de Jeová)

Não, não podemos dizer isso, porque até existem muitas Testemunhas de Jeová nesse meio, que fizeram estudos universitários e que não se deram mal. Pelo contrário, encorajamos crianças Testemunhas de Jeová a fazerem grandes estudos. 

 

8.34 (Jacques Luc ex Testemunha de Jeová)

Bem, isto tem uma dupla linguagem. Eles são obrigados a ter pessoas que cursam um nível superior, mas não os vão encorajar, pelo contrário. Discursos recentes enfatizam bem que os jovens não devem cursar níveis superiores. (Veja aqui)

 

9.17 (Narrador)

Para nos convencerem da boa integração dos seus membros na sociedade, os responsáveis das Testemunhas de Jeová, ofereceram-nos esta brochura. Uma verdadeira compilação de referências para provar o bem-estar e a adaptação social dos adeptos. Até mesmo um sério estudo do professor Saroglou da Universidade Católica de Louvain, é mencionado. “(…) essas pessoas possuem crenças essenciais a adaptação no mundo e ao bem estar (…)

 

Fim vídeo 3

 

 

 

 

 

 0.05 (Narrador)

Quisemos saber mais sobre os estudos do professor Saroglou. As conclusões dos seus estudos estariam correctamente citadas na brochura? Os princípios de Jeová levam realmente ao bem estar?

 

0.20 (Professor Saroglou)

É por vezes uma parte da realidade, uma realidade que está incompleta que não reflecte a totalidade das questões em causa.

 

0.30 (Narrador)

A outra parte da realidade, esquecida na brochura, é esta: “acreditamos que a felicidade do grupo tem um preço: o da liberdade.”

 

0.45 (Narrador)

Perder a sua liberdade de escolha, de decidir, é também o que constatam os psicólogos no terreno.

 

0.54 (Sonya Jougla)

Não é a democracia, a laicidade que é importante, é Jeová. Jeová está em primeiro lugar, sempre. Portanto, eles não podem ser cidadãos. Não podem pensar por eles próprios, não podem votar, não podem decidir por eles mesmos, porque o que eles têm de fazer há-de estar escrito em algum lado. Há que seguir o manual de instruções. Tudo está pensado antecipadamente, mais nada.

 

1.26 (Narrador)

Esta submissão completa aos princípios de Jeová, Jean-Marie Bastin, conhece-a bem. Ele foi Testemunha de Jeová durante 23 anos.

 

1.36 (Repórter)

O que tem aí dentro?

 

1.38 (Jean-Marie Bastin ex Testemunha de Jeová)

É o manual de instruções para a vida nas Testemunhas de Jeová.

 

1.45 (Narrador)

Hoje graças a este manual de instruções, ele não vê mais a sua filha que ainda é Testemunha de Jeová. O relacionamento está praticamente destruído desde que abandonou o movimento.

 

1.56 (Jean-Marie Bastin ex Testemunha de Jeová)

Uma vez que os deixamos, é feita uma carta de dissociação, e a partir daí, os livros deles, os seus ensinamentos, dizem que não podem mais frequentar a pessoa que se retirou, mesmo que essa pessoa seja o seu pai. O contacto apenas é permitido se essa pessoa viver debaixo do mesmo teto. Como não era esse o caso, é o que se vê…

 

2.22 (Narrador)

Desde que deixaram a organização, Jean-Marie e Michel Bastin, tentaram levar uma vida normal. Tentaram multiplicar os contactos com a sua filha, mas sem sucesso.    

 

2.34 (Jean-Marie Bastin ex Testemunha de Jeová)

Se há uma mensagem que podemos passar, é que estamos infelizes. Estamos felizes por os ter deixado (as Testemunhas de Jeová), mas infelizes pelas aplicações dessas sanções por pessoas que se dizem Cristãs. Uma criança que está viva, mas que não vemos, que está considerada como morta, como é que quer que façamos o luto? Está fora de questão fazer o luto, ela está viva. É um atentado a liberdade. Aliás, a convenção dos direitos humanos condena tais práticas. É um desrespeito e uma tristeza ver uma organização que se diz cristã agir assim.

 

3.07 (Narrador)

Na sede nacional das Testemunhas de Jeová, os responsáveis reconhecem a existência destas situações.

 

3.13 (Responsável Testemunha de Jeová)

As Sagradas Escrituras são claras sobre esse assunto. Deixamos a cada família, a liberdade de decisão. Não impomos nada. E se porventura uma família decide manter o contacto, é da sua própria responsabilidade.

 

3.29 (Narrador)

Mas a ameaça de ser destruído no Armagedão, leva os fiéis a obedecerem as directivas relembradas neste livro de 2008. “Outro caso é de um familiar desassociado (excomungado) (…). Mesmo que seja preciso algum contacto em raras ocasiões (…), qualquer convivência deste género,  deve ser reduzida ao mínimo.”

 

3.49 (Jacques Luc ex Testemunha de Jeová)

Desde que deixamos as Testemunhas de Jeová, ou mesmo que nos afastamos sem dizer que os vamos abandonar, perdemos todos os nossos amigos. E como as Testemunhas de Jeová dizem que não devemos fazer amizades fora do seu círculo, quando os perdemos, perdemos toda a gente.

 

4.10 (Nicolas Jacquette ex Testemunha de Jeová)

Presentemente os meus pais cortaram qualquer contacto comigo. Estou morto para eles… não existe mais nada. A minha mãe enviou-me uma carta onde dizia: “tens sorte em ser feliz”. Ela admitia que eu era feliz, mas não era a verdadeira felicidade. É a negação da felicidade, se essa mesma não corresponde aquilo que é imposto pelas Testemunhas de Jeová. “Outros não podem ser felizes porque estão roídos pela culpabilidade e pela tristeza”. Estava a falar dela e do meu pai. E depois dizia: “abriremos novamente os nossos braços, quando te dispuseres a levar uma vida pura.” Por outras palavras: a porta continuará fechada enquanto não fores novamente uma Testemunha de Jeová.

 

4.52 (Narrador)

Também Hugo não pode ver os seus pais as vezes que quiser. Conheceu a Lisa nas Testemunhas de Jeová. Desde que decidiram afastar-se, eles conhecem os mesmos problemas com as suas famílias.

 

5.04 (Hugo ex Testemunha de Jeová)

Há alguns meses atrás soube pela minha irmã Sara, que também ela tinha sido excluída e que aconselharam os meus pais a não ter mais contacto connosco. Nós costumava-mos ter reuniões de família, víamo-nos regularmente. Fazíamos churrascos e coisas assim do género.

 

5.25 (Lisa Taibi ex Testemunha de Jeová)

A última vez que estive em casa da minha mãe foi para fazer limpeza. Nesse dia uma Testemunha de Jeová foi a casa dela. A minha mãe disse-me que eu tinha que me ir embora. Fui obrigada a fugir discretamente porque era impensável alguém ver-nos juntas. Somos baixas colaterais. É triste porque não somos objectos estragados mas sim Seres humanos.

 

5.48 (Hugo ex Testemunha de Jeová)

Os actos não são premeditados, vemos isso quando deixamos as Testemunhas de Jeová. Quando pertencemos as Testemunhas de Jeová, achamos normal respeitarmos os princípios, mesmo que estejamos a prejudicar alguém, mas não damos por isso, é intencional, não posso culpar essa gente.

 

6.16 (Narrador)

Entre as vítimas dessas rupturas familiares e sociais, uma só pessoa atreveu-se a processar as Testemunhas de Jeová, invocando a lei da descriminação. As Testemunhas de Jeová ganharam os primeiros processos, mas a batalha jurídica ainda não acabou.

 

6.34 (Thierry Bontinck Advogado)

Está fora de questão para nós, e acho que isso é muito importante para o meu cliente, criticar o movimento das Testemunhas de Jeová. O que achamos inaceitável é as recomendações de descriminação dadas pelas Testemunhas, em relação a antigas Testemunhas de Jeová que foram excluídas da comunidade.

 

6.56 (Narrador)

É a primeira vez que as Testemunhas de Jeová são acusadas de descriminação frente a um tribunal. Se o tribunal der razão ao queixoso, talvez as Testemunhas de Jeová sejam obrigadas a adaptar-se para não serem mais condenadas.

 

7.10 (Thierry Bontinck Advogado)

O que o meu cliente quer ouvir dizer dum juiz, é simplesmente que as medidas tomadas pelas Testemunhas de Jeová em relação a um excluído, são discriminatórias. Quer que seja dado ordem para que essa decisão seja publicada nos inúmeros compêndios das Testemunhas de Jeová. O meu cliente não quer nenhuma compensação financeira.

 

7.34 (Narrador)

Outro campo em que as Testemunhas de Jeová enfrentam a lei, é a das transfusões de sangue.

 

7.43 (excerto do DVD Testemunhas de Jeová)

Não é preciso uma analise teológica para percebe-la ou explica-la, as escrituras dizem tão simplesmente que é preciso abster-se do sangue.

 

7.53 (Narrador)

Segundo este princípio bíblico, as Testemunhas de Jeová não podem aceitar transfusões de sangue mesmo se as suas vidas dependerem delas. Nas publicações da Watchtower assistimos a um verdadeiro culto do mártir. Neste documento distribuído no mundo inteiro, crianças são mostradas como exemplo. Todos rejeitaram as transfusões. Quase todos morreram.

 

 

8.20 (Nicolas Jacquette ex Testemunha de Jeová)

A partir dos 6 anos, estava pronto a morrer e até mesmo a arrancar as agulhas, porque davam-nos imensos exemplos nas Sentinelas de crianças que heroicamente arrancaram as agulhas dos seus braços em vez de levarem uma transfusão de sangue. Eu até cheguei a querer mais do que isso. Eu queria mesmo ter um acidente e colocar a minha vida em risco, para depois provar a minha fidelidade a Jeová por recusar uma transfusão de sangue. Tinha o desejo de aparecer na Sentinela como um exemplo.

 

8.46 (Narrador)

Quando um médico encara com uma Testemunha de Jeová que recusa uma transfusão, ele tem de decidir entre duas lógicas: respeitar o direito de escolha de tratamento do paciente, ou seguir a ética médica, proporcionando os melhores cuidados.

 

9.00 (Professor Phillippe Van der Linden)

A minha prática é respeitar o desejo do paciente seja qual for a razão desse desejo. Com as crianças, evidentemente a situação é totalmente diferente. Na criança é a ética médica que prevalece, e o médico decide no momento o que é melhor para o paciente.

 

9.23 (Narrador)

Na Bélgica uma lei permite, se necessário, suspender a autoridade parental, o tempo essencial para administrar o tratamento fundamental a uma criança. Nem sempre as Testemunhas de Jeová estão erradas por não aceitarem transfusões. Hoje em dia, novas técnicas permitem evita-las.

 

Fim vídeo 4


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