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publicado por Justiceiro, em 31.03.11 às 02:00link do post | favorito

 

 

Hoje ao abrir a minha caixa de e-mail, deparei-me com uma “linda” mensagem que me deixou a pensar…  Fiquei contente em saber que os anjos existem e que podem muito bem ser os meus amigos (alguns são uns anjinhos, mas isso é outra história!) mas sem a parte que caracteriza essa espécie divina: as asas! Estou deveras feliz por me comunicarem que amanhã, precisamente as 11:09 (porque não as 11h10? Não sei, coisas de anjo, que não tem mais que fazer e gosta de ser mesquinho ao ponto de até implicar com os minutos!), algo "maravilhoso" me irá acontecer. Mais fascinado fiquei ao saber que deus (o mail não diz qual) tem estado atento às minhas lutas e que brevemente as mesmas irão chegar ao fim… E esta, heim!? Será que me vai sair o Euro-milhões (o que eu acho pouco provável porque não jogo)? É que para eu deixar de lutar, a casa tem de estar paga, os meus filhos deixarem de comer, não precisar de roupa para vestir, ter electricidade de borla, água gratuita, ser sócio da Galp, etc etc… Basicamente, deixar de viver! Portanto ou é o Euro- milhões, ou não estou a ver um milagre a ocorrer… Quanto ao resto do conteúdo do e-mail, não vou comentar, porque pérolas destas não merecem comentários! Mas ainda há aqueles crentes que enviam os mesmos para toda a sua lista, na esperança, sei lá, de uma vida melhor! E o que acontece? Nada. Mas aqui fica:

 


Anjo da Guarda

“Repasse esta mensagem no mesmo dia que a receber. Pode parecer ridículo, mas faça-o. Acreditamos  que algo está para acontecer. Os anjos existem. Só que às vezes eles não  tem asas e você os chama de "amigos". Você é um deles!
Algo maravilhoso vai acontecer a você e aos seus amigos!
Amanhã às 11:09 h da manhã  alguém vai te escrever e te dizer algo que você está esperando  ouvir.
Deus tem visto suas  Lutas 
Deus diz que elas estão chegando ao fim 
Uma bênção está vindo em sua direcção 
Se você crê em Deus, por favor envie esta mensagem para 20 amigos 
Dentro de 4 minutos te darão uma  notícia.”



Quero aproveitar para deixar uma pequena mensagem a esse deus que parece que está preocupado comigo:

 Senhor Deus (até ponho maiúscula para veres que não estou a brincar), preocupa-te em fazeres o Teu trabalho, ou seja NADA, e deixa que eu desenrasco-me bem sem ti… Se porventura quiseres finalmente dar um ar da Tua graça, olha cá para baixo e verás que tens muito que fazer e que muitos estão a padecer injustamente… Não te peço grandes manifestações ao estilo “7 pragas do Egipto”, nem nenhum daqueles milagres que tanto gostas de te vangloriar na bíblia, fazendo de ti um Deus Poderoso… Como Tu bem deves saber (já que pareces ler os nossos pensamentos), eu como mero humano imperfeito, faço muito melhor do que Tu. Pelo menos EU tento fazer TUDO para proporcionar felicidade aos meus filhos, procuro protegê-los de qualquer mal, e NUNCA os abandonaria por motivo algum. Sabes porquê ó Deus “Todo-Poderoso”? Porque os amo (ao contrario de Ti). Se amasses a Tua criação (os Teus filhos), não permitirias todo o sofrimento que muitos humanos atravessam… No mínimo, do alto da Tua “grandiosa bondade”, olhavas para as crianças, esses Seres indefesos, e não consentias as incontáveis crueldades infligidas às mesmas (algumas em Teu nome…). Bem sei que irás dizer que estamos a pagar por Adão e Eva terem pecado e por te terem desobedecido. E agora pergunto-te: quantos milhares de anos serão ainda precisos para que finalmente vejas que talvez tenha chegado a hora de por um fim a todo esta dor que Tu mesmo criaste? Teremos nós humanos, culpa alguma de que um homem e uma mulher, há milhares de anos atrás te tenham desrespeitado? Tu que és dono de uma sabedoria infindável, aliás, Tu és A Sabedoria, Tu que vês tudo e prevês o futuro (Isaías 46: 9 e 10), não sabias desde o início que a Tua criação Te decepcionaria? Como ainda foste capaz de os criar sabendo todo o caos que 2 humanos iriam gerar? Como Ser perfeito, não conseguiste encontrar outra solução a não ser o sofrimento para toda a humanidade? Se realmente existisses, não passarias de um Ser cruel e bárbaro… Ainda não consigo perceber como há quem Te venere, mas já se sabe como é o homem… imperfeito e ingénuo. Mesmo com todos os seus defeitos, ainda acredito na única espécie capaz de fazer alguma coisa por nós: nós mesmos.

 

sinto-me:

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publicado por Justiceiro, em 24.03.11 às 15:46link do post | favorito

 

 

Hoje ao navegar na Net, encontrei por acaso um texto (de autor desconhecido), sobre a tão falada “Geração à rasca”. Por diversas vezes no Facebook, em blogues ou em diversos fóruns de discussão, tive a oportunidade de exprimir qual a minha posição sobre esta auto­ denominada “geração que parece estar à rasca”. Muitos compreenderam os meus argumentos, enquanto outros tão simplesmente limitaram-se a atacar a minha pessoa ao invés das minhas ideias (ataque ad-hominem)…

 

Sou apartidário e pouco me interessa a política, mas tenho verificado que todos os políticos existem apenas para uma única razão: a ânsia de poder. É claro que existirão algumas excepções, mas como sempre, as excepções são raras! Depois de devidamente acomodados no trono político, pouco interessam as promessas eleitorais, muito menos o povo… Agem como senhorios deste país, achando-se no direito de comandar os destinos de toda uma nação, sempre sobre a cobertura de que foi a plebe que os nomeou... Da minha parte, o melhor que terei a fazer nas próximas eleições, será votar num partido que nunca tivesse estado no poder nos últimos 30 anos.

 

Quanto ao texto em si, revela na íntegra qual a minha posição sobre esta geração que está tudo menos à rasca (mais uma vez, haverá algumas excepções) …

 

Fica então aqui o tão famoso texto!


 

"Existe uma geração à rasca? Existe mais do que uma! Certamente!

Está à rasca a geração dos pais que educaram os seus meninos numa abastança caprichosa, protegendo-os de dificuldades e escondendo-lhes as agruras da vida.

Está à rasca a geração dos filhos que nunca foram ensinados a lidar com frustrações.

A ironia de tudo isto é que os jovens que agora se dizem (e também estão) à rasca são os que mais tiveram tudo.

Nunca nenhuma geração foi, como esta, tão privilegiada na sua infância e na sua adolescência. E nunca a sociedade exigiu tão pouco aos seus jovens como lhes tem sido exigido nos últimos anos.

Deslumbradas com a melhoria significativa das condições de vida, a minha geração e as seguintes (actualmente entre os 30 e os 50 anos) vingaram-se das dificuldades em que foram criadas, no antes ou no pós 1974, e quiseram dar aos seus filhos o melhor.

Ansiosos por sublimar as suas próprias frustrações, os pais investiram nos seus descendentes: proporcionaram-lhes os estudos que fazem deles a geração mais qualificada de sempre (já lá vamos...), mas também lhes deram uma vida desafogada, mimos e mordomias, entradas nos locais de diversão, cartas de condução e 1º automóvel, depósitos de combustível cheios, dinheiro no bolso para que nada lhes faltasse. Mesmo quando as expectativas de primeiro emprego saíram goradas, a família continuou presente, a garantir aos filhos cama, mesa e roupa lavada.

Durante anos, acreditaram estes pais e estas mães estar a fazer o melhor; o dinheiro ia chegando para comprar (quase) tudo, quantas vezes em substituição de princípios e de uma educação para a qual não havia tempo, já que ele era todo para o trabalho, garante do ordenado com que se compra (quase) tudo. E éramos (quase) todos felizes.

Depois, veio a crise, o aumento do custo de vida, o desemprego,... A vaquinha emagreceu, feneceu, secou.

Foi então que os pais ficaram à rasca.

Os pais à rasca não vão a um concerto, mas os seus rebentos enchem Pavilhões Atlânticos e festivais de música e bares e discotecas onde não se entra à borla nem se consome fiado.

Os pais à rasca deixaram de ir ao restaurante, para poderem continuar a pagar restaurante aos filhos, num país onde uma festa de aniversário de adolescente que se preza é no restaurante e vedada a pais.

São pais que contam os cêntimos para pagar à rasca as contas da água e da luz e do resto, e que abdicam dos seus pequenos prazeres para que os filhos não prescindam da internet de banda larga a alta velocidade, nem dos qualquercoisaphones ou pads, sempre de última geração.

São estes pais mesmo à rasca, que já não aguentam, que começam a ter de dizer "não". É um "não" que nunca ensinaram os filhos a ouvir, e que por isso eles não suportam, nem compreendem, porque eles têm direitos, porque eles têm necessidades, porque eles têm expectativas, porque lhes disseram que eles são muito bons e eles querem, e querem, querem o que já ninguém lhes pode dar!

A sociedade colhe assim hoje os frutos do que semeou durante pelo menos duas décadas.

Eis agora uma geração de pais impotentes e frustrados.

Eis agora uma geração jovem altamente qualificada, que andou muito por escolas e universidades mas que estudou pouco e que aprendeu e sabe na proporção do que estudou. Uma geração que colecciona diplomas com que o país lhes alimenta o ego insuflado, mas que são uma ilusão, pois correspondem a pouco conhecimento teórico e a duvidosa capacidade operacional.

Eis uma geração que vai a toda a parte, mas que não sabe estar em sítio nenhum. Uma geração que tem acesso a informação sem que isso signifique que é informada; uma geração dotada de trôpegas competências de leitura e interpretação da realidade em que se insere.

Eis uma geração habituada a comunicar por abreviaturas e frustrada por não poder abreviar do mesmo modo o caminho para o sucesso. Uma geração que deseja saltar as etapas da ascensão social à mesma velocidade que queimou etapas de crescimento. Uma geração que distingue mal a diferença entre emprego e trabalho, ambicionando mais aquele do que este, num tempo em que nem um nem outro abundam.

Eis uma geração que, de repente, se apercebeu que não manda no mundo como mandou nos pais e que agora quer ditar regras à sociedade como as foi ditando à escola, alarvemente e sem maneiras.

Eis uma geração tão habituada ao muito e ao supérfluo que o pouco não lhe chega e o acessório se lhe tornou indispensável.

Eis uma geração consumista, insaciável e completamente desorientada.

Eis uma geração preparadinha para ser arrastada, para servir de montada a quem é exímio na arte de cavalgar demagogicamente sobre o desespero alheio.

Há talento e cultura e capacidade e competência e solidariedade e inteligência nesta geração?

Claro que há. Conheço uns bons e valentes punhados de exemplos!

Os jovens que detêm estas capacidades/características não encaixam no retrato colectivo, pouco se identificam com os seus contemporâneos, e nem são esses que se queixam assim (embora estejam à rasca, como todos nós).

Chego a ter a impressão de que, se alguns jovens mais inflamados pudessem, atirariam ao tapete os seus contemporâneos que trabalham bem, os que são empreendedores, os que conseguem bons resultados académicos, porque, que inveja! que chatice!, são betinhos, cromos que só estorvam os outros (como se viu no último Prós e Contras) e, oh, injustiça!, já estão a ser capazes de abarbatar bons ordenados e a subir na vida.

E nós, os mais velhos, estaremos em vias de ser caçados à entrada dos nossos locais de trabalho, para deixarmos livres os invejados lugares a que alguns acham ter direito e que pelos vistos - e a acreditar no que ultimamente ouvimos de algumas almas - ocupamos injusta, imerecida e indevidamente?!

Novos e velhos, todos estão à rasca.

Apesar do tom desta minha prosa, o que eu tenho mesmo é pena destes jovens.

Tudo o que atrás escrevi serve apenas para demonstrar a minha firme convicção de que a culpa não é deles.

A culpa de tudo isto é nossa, que não soubemos formar nem educar, nem fazer melhor, mas é uma culpa que morre solteira, porque é de todos, e a sociedade não consegue, não quer, não pode assumi-la.

Curiosamente, não é desta culpa maior que os jovens agora nos acusam. Haverá mais triste prova do nosso falhanço?

Pode ser que tudo isto não passe de alarmismo, de um exagero meu, de uma generalização injusta.

Pode ser que nada/ninguém seja assim."


 

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