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publicado por Justiceiro, em 27.09.10 às 11:31link do post | favorito

 

       Há algum tempo atrás, recebi um mail de uma pessoa religiosa, dando-me conta do que me iria acontecer por não acreditar em deus e por supostamente, não seguir as suas leis divinas. O mesmo além de me criticar, continha histórias de pessoas que por não quererem abraçar os mandamentos do “criador”, subiram as mais diversas atrocidades, culminando nas suas próprias mortes. Como não gosto que insultem a minha inteligência e odeio o fanatismo religioso, decidi responder a tão “bonito” e-mail. Hoje ao dar uma vista de olhos aos e-mails enviados, deparei-me com a resposta que lhe mandei, e lembrei-me que poderia dar um post. Deixo então aqui a minha réplica ao religioso fanático, que, com todo o seu amor, tentou convencer-me que algo mau iria acontecer comigo se não me convertesse rapidamente.

 

 

O culpado? Deus

 

       Se existe uma coisa que é pública e notória – com nenhuma possibilidade de contestação – é a capacidade de descaramento de um religioso na hora de lutar para impor suas opiniões. A “cruzada” contra o livre pensamento, fazem com que eles mintam horrivelmente a fim de fundamentar alegações tão sólidas quanto castelos de nuvens.

 

As mentiras são muitas! Histórias fantasiosas que circulam por aí com a popularização da internet, escritas por pessoas totalmente burras, estúpidas, imbecis, incultas e fanáticas. Não, não fui exagerado nas qualificações…

 

Parece que quem blasfema contra o deus judaico-cristão, sofre posteriormente a “ira divina” com mortes violentas e horríveis. Histórias que têm circulado pela internet através de correntes de e-mail, fóruns, power point’s, etc. Uma das tácticas usada por pessoas crentes em deus para infundir o medo nas pessoas que o recebem, para que estas não blasfemem contra o deus deles, sob pena de sofrerem mortes horríveis e prematuras.

 

Aliás, poderíamos argumentar que deus é esse que precisa recorrer a expedientes satânicos e malévolos para punir as pessoas que, supostamente, possuem o “livre arbítrio” tão alardeado pelos religiosos? Se tivessem realmente esse “livre arbítrio”, as opiniões dessas pessoas seriam RESPEITADAS e não seriam punidas por isso.

 

Mas se sofrem punições pela liberdade de opinião e de expressão, então em que exactamente esse deus difere dos ditadores de regimes autoritários, repressivos, fascistas, nazis? Esses tipos de regimes punem pessoas, com penas de morte e reclusão, só por causa da ousadia em criticá-los, e de se expressarem, em apontar os defeitos, em não aceitarem o estado de coisas.

 

Não sou contra a religião assim como não sou contra a literatura, o comer, o beber, passear, cinema, etc. Todos eles podem ser fonte legítima de prazer para quem tira gozo deles. E não dá para negar que muita gente encontra conforto junto da religião. Alguns experimentam até mesmo o êxtase. Há ainda quem dela se valha para formar e cimentar um círculo de relacionamentos sociais, mais ou menos como um clube. Para nenhuma dessas funções, entretanto, é necessário que ela seja verdadeira. Aliás, afirmar que determinada religião é falsa é uma afirmação com a qual a esmagadora maioria da humanidade tende a concordar, desde que o juízo não se refira a seu próprio credo.

 

Não estou, evidentemente, atribuindo à religião toda a violência de que o homem é capaz. Ao contrário, estou convicto de que, se não fosse a fé, encontraríamos outros pretextos para nos massacrar. É inegável, entretanto, que a religião serviu e está servindo de motor à barbárie. Alguns religiosos argumentam que deus abandonou os humanos por estes o terem desprezado… Desta forma, o Ser humano está entregue a si próprio e as consequências são bem visíveis. Guerras, ataques terroristas, catástrofes naturais, assassinatos nas mais variadas vertentes, e um sem número de calamidades. Deus no seu grande amor, sabedoria e benevolência, decidiu abandonar a sua criação, os seus filhos, isto é, o Ser humano, tudo porque alguns decidiram não o adorar, não prestar mais vassalagem, não rezar a alguém que nunca se mostrou fosse da maneira que fosse.

 

O todo-poderoso decidiu que não somos dignos de viver as nossas vidas tranquilamente porque alguns de nós decidiram não ler a bíblia e consequentemente viver essa vida conforme ele a determinou. Mas no meio das centenas de milhares de Seres humanos que decidiram não acreditar na sua existência, entre outras bilhões que não professam as mesmas crenças, acreditando noutro deus (ou deuses), existe mesmo assim muitos que ainda seguem os mandamentos bíblicos. Mas mesmo a esses, deus decidiu punir com as mais diversas fatalidades. Porque não castiga ele apenas aqueles que não o adoram e ampara os crentes?

 

Como humano imperfeito, pai de dois filhos, não consigo atingir tão estranha concepção do amor. É para mim particularmente difícil entender esse amor bizarro, que deveria ser desnudado de qualquer interesse. Esse deus (ou deuses) que todas as religiões, cristãs, entre outras, professam ser o único verdadeiro, mostrou ser um Ser vaidoso e ciumento, exigindo única e exclusiva adoração, sobe pena de sermos castigados. Mais uma vez, não é de mais referir que como Ser imperfeito, com uma inteligência digna de um qualquer mortal, faria e faço melhor uso da palavra amor. Exijo respeito aos meus filhos, tento educa-los naquilo que eu acho ser “os bons caminhos”, não precisando para isso auxiliar-me num qualquer livro, dito “inspirado”. A moral, os bons costumes, o amor ao próximo, etc, não é exclusividade de uma qualquer religião, da Bíblia, do Corão ou de outro livro. Não preciso que os meus dois filhos me venerem, para eu poder ama-los. Não necessito que eles sigam os meus passos para continuar a ser o pai deles e assim tentar sempre proporcionar-lhes o melhor. Se por qualquer motivo, algum dos dois, ou até mesmo os dois, não quiserem seguir os meus conselhos (não confundir com leis, de cumprimento obrigatório), não os amaldiçoarei, nem os castigarei por isso. Serei sim, sempre o seu pai, que os ama e continuará a amar. Como mero humano, e (mais uma vez) imperfeito, consigo fazer melhor que deus na sua grande sabedoria, magnitude e benevolência… A palavra amor, não me é desconhecida e faço uso dela diariamente ao contrário do deus dos religiosos e de alguns fanaticos que se julgam donos de uma suposta verdade (...).

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