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publicado por Justiceiro, em 23.08.10 às 20:31link do post | favorito
 

 0.03 (Enxerto do DVD Testemunhas de Jeová)

Os médicos possuem doravante técnicas eficazes, utilizáveis nos pacientes, que, por diversas razões, recusem transfusões. Pensamos que brevemente poderemos aplicar estas novas técnicas a todos.

 

0.21 (Narrador)

As Testemunhas de Jeová, navegam nestas novas descobertas científicas, para provarem aos seus adeptos que eles têm razão em recusarem transfusões. Num DVD, compilaram as entrevistas com os maiores especialistas mundiais na matéria. Este DVD de propaganda, foi condenado em França pela Academie Nationale de Medicine (Academia Nacional de Medicina) que denuncia banalidade e aproximação. O doutor Van de Linden, médico de renome internacional, participou no DVD. Foi ele manipulado?

 

0.52 (Professor PhilippeVan de Linden)

Não tive essa sensação, se a tivesse acho que não tinha participado. Os meus colegas não teriam participado também… É evidente, e lamento, que de vez em quando os médicos não se apercebam de todas as implicações que as suas diligências podem ter. As diligências foram claramente destinadas a informação, primeiramente aos meios médicos e depois ao paciente, mas não exclusivamente ao paciente Testemunha de Jeová.

 

1.27 (Narrador)

Nicolas sente-se vítima de uma manipulação. Depois de aprender todos os argumentos nas Testemunhas de Jeová, apoiou pais em França, que recusaram dar sangue a sua filha que sofria de leucemia.

 

1.42 (Nicolas Jacquette ex Testemunha de Jeová)

Os pais não queriam que ela levasse uma transfusão. E todos nós, porque ainda era uma Testemunha de Jeová naquela época, apoiávamo-los. Enviávamos letras, postais, estávamos constantemente no hospital dizendo aos pais que era uma boa decisão, que tinham de ser firmes, porque mesmo se o pior viesse a acontecer, eles tornariam a encontra-la no paraíso. Os pais nunca tiveram muita noção do que estava a acontecer, deixando-se levar por esta multidão de pessoas, que lhes diziam que estavam a fazer a escolha certa, que mais valia ela morrer de que levar sangue. Ficamos completamente cegos no meio de tudo isto. Num domingo de manhã, no inicio de uma reunião no salão, a pessoa que faz a introdução para essa mesma reunião disse que tinha algo a anunciar. Ele disse o seguinte: “Antes de começarmos esta reunião, é com tristeza que anuncio o desaparecimento da pequena Lea, que faleceu a noite passada. Mas no seu último momento de consciência ela pediu aos médicos para não levar transfusões.” Fico sempre emocionado quando falo disto, porque pergunto-me: como é possível ter um tal discurso? Como é que se pode dizer que uma criança não é manipulada, quando aos 16 anos e no seu último momento de consciência, diz que não quer transfusões? Sim é perigoso. 

 

3.00 (Narrador)

Os perigos que denuncia Nicolas, foram ouvidos por uma Comissão Parlamentar francesa sobre as seitas e os menores. No relatório entregue por esta comissão em 2006, as Testemunhas de Jeová foram apontados do dedo diversas vezes.

 

3.17 (Philippe Vuilque, relator da comissão parlamentar)

Em qualquer lugar onde não haja respeito pela pessoa humana, as crianças estão em perigo. Isso acontece nas Testemunhas de Jeová, como relatamos no nosso relatório parlamentar, mas não é exclusivo deles. Também existe esses comportamentos em outras organizações. O que nós queremos é preservar as leis francesas e a integridade da pessoa, inclusive a da criança.

 

3.36 (Narrador)

Na Bélgica, os parlamentares também trabalham neste assunto. Depois de um primeiro relatório sobre as seitas em 1997, um grupo de trabalho fez novas recomendações em 2006.

 

3.48 (André Frédéric Presidente do grupo Parlamentar)

A partir do momento em que se proíbe uma criança de ter um relacionamento com outro membro da família, porque esse não está na organização, ou que se proíbe uma criança de ter um desenvolvimento afectivo e harmonioso no meio escolar, porque não podem participar em festividades, na minha maneira de ver, está-se a impedir o desenvolvimento harmonioso de uma criança que deverá ser amanhã um adulto responsável e livre.

 

4.11 (Malika Attar Jornalista)

A este estado da sua investigação Catherine, temos a sensação que o mundo político tem bem a noção do perigo que representam as Testemunhas de Jeová e por conseguinte, também para as crianças, mas temos impressão que as coisas não estão a evoluir.

 

4.23 (Catherine Lorsignol Jornalista)

Existe bem uma proposição de Lei que foi depositada por André Frédéric. Essa lei permitiria de perseguir os autores de destabilização mental. Bem, é claro que não é ainda para amanhã, e as vitimas deverão esperar que essa lei entre em vigor.

 

4.37 (Malika Attar Jornalista)

Pode-se dizer que as vítimas não estão protegidas pela lei, pela justiça. Para quem podem elas virarem-se para serem ouvidas?

 

4.46 (Catherine Lorsignol Jornalista)

Existem associações na Bélgica, em França, também as há nos Estados Unidos, onde um certo Bill Bowen criou há alguns anos, uma associação que denuncia as Testemunhas de Jeová. Ele viaja pelo mundo inteiro para explicar o que se passa na organização das Testemunhas de Jeová. É possuidor de uma lista de presumíveis pedófilos, lista essa que incomoda muito os responsáveis pela organização.

 

5.10 (Malika Attar Jornalista)

Que legitimidade tem esse senhor, ele conhece bem o mundo das Testemunhas de Jeová?

 

5.15 (Catherine Lorsignol Jornalista)

 Até se pode dizer mesmo que ele conhece muito, muito bem esse mundo, porque ele foi Testemunha de Jeová durante muitos anos e até ocupou cargos de responsabilidade no seio da Watchtower. Chegou a frequentar cursos para aprender a gerir uma congregação. Portanto ele é possuidor de informações em primeira mão, sabe do que está a falar e é isso o que aborrece os responsáveis das Testemunhas de Jeová.

 

5.48 (Narrador)

O mundo associativo também se preocupa. Em 29 de Setembro de 2008, um colectivo de associações, teve encontro na Comissão Europeia. Vieram denunciar factos ainda mais preocupantes.

 

6.04 (Charline Delporte Presidente da ADFI, Associação da defesa da família e do individuo) 

Pedimos para sermos recebidos pelo presidente da Comissão Europeia, para falarmos sobre o lado escondido desta organização americana das Testemunhas de Jeová. Queremos falar das agressões sexuais, entre outras. É claro que existe muitos outros assuntos, mas esta faceta ainda está muito escondida. Hoje temos vontade de gritar alto e em bom som, porque estar calado era ser cúmplice.

 

6.34. (Bill Bowen Presidente da Silentlambs, Associação de defesa das vitimas de abusos sexuais dentro da organização das Testemunhas de Jeová)

Silentlambs, a minha organização, foi contactada os últimos 8 anos, por 7 mil vítimas desta religião. Queremos ser os seus porta-vozes, e não mais uns cordeiros silenciosos.

 

6.50 (Narrador)

Bill Bowen conhece bem os princípios das Testemunhas de Jeová. Ele praticou-os durante 40 anos nos Estados Unidos, e tinha mesmo responsabilidades no seio da organização. Hoje, acusa as Testemunhas de Jeová de não denunciarem os pedófilos para proteger a reputação da Watchtower. Quando Bill Bowen descobriu tal prática, demitiu-se.

 

7.18 (Bill Bowen ex Testemunha de Jeová)

Eu não fiz nada de errado. Demiti-me porque não podia mais fazer parte desta comunidade. Eles reabilitaram alguns pedófilos, e mostraram-nos como um exemplo na congregação. Fui procurar os anciões para lhes dizer que eles estavam a proceder mal. Não podia mais suportar assistir as reuniões e ver esses pedófilos protegidos.

 

7.44 (Narrador)

Mais inquietante ainda, Bill Bowen afirma ter descoberto a existência de uma longa lista de pedófilos, secretamente escondido na sede mundial da Watchtower.

 

7.57 (Bill Bowen ex Testemunha de Jeová)

3 pessoas contactaram-me. Uma disse-me mais de 20 000, uma outra disse-me 23 720, e uma terceira veio com números um pouco mais acima que os anteriores. Neste estado, eu sabia que tinha um número certo. É o que denuncio no meu site Silentlambs. Pedi a casa mãe de me corrigir se não tivéssemos os números exactos. E mais ou menos um ano depois, numa reportagem da BBC, eles disseram que não tinha sentido estar a dar números concretos da sua base de dados.

 

8.39 (Narrador)

Bill Bowen e as associações Francesas e Belgas, continuam a sua cruzada de informação. Direcção França. Cemitério de Saint-Dié-des-Vosges, eles depositam uma coroa de flores na campa de Joelle Daouas. Esta ex Testemunha de Jeová suicidou-se em 2006, tinha 30 anos. Violada aos 12 anos por uma Testemunha de Jeová da sua congregação, nenhuma queixa foi feita na época.

 

9.08 (Charline Delporte )

Temos imensos casos em França e no resto do mundo, Bill está aqui para falar disso. Esta mulher representa milhares de jovens que guardaram este segredo e isso é uma coisa inaceitável e tenho de dizer que isto tem de acabar de vez.

 

Fim vídeo 5

 

 

 

 

 0.13 (Narrador)

Myriam é a irmã mais velha de Joelle. Ela não tinha conhecimento do calvário da sua irmã no momento dos factos. Hoje revoltada, ela volta ao lugar onde Joelle colocou termo a vida, precisamente um mês depois de finalmente fazer queixa do seu agressor, de à 18 anos atrás.

 

0.36 (Myriam)

É aqui. Colocou-se frente ao campo com o seu pequeno carro amarelo, fechou-se no seu interior, colocou um CD, ouviu música… Tinha uma garrafa de gás, álcool e comprimidos… e… deixou-se morrer. Foi aqui, na sua cidade natal, que ela foi violada pela primeira vez por uma Testemunha de Jeová. Eu penso que ela queria dar ainda uma última prova.

 

1.13 (Narrador)

Joelle cresceu numa família numeroso, nesta pequena aldeia des Vosges. Ela e as irmãs, seguiam a sua mãe nas Testemunhas de Jeová. Todos os domingos de manhã, acordava cedo para preencher o seu dever de pregação. Um amigo da família vinha busca-la a casa. A pequena criança começava ali um circuito interminável.

 

1.34 (Myriam)

Todos os domingos ela sabia o que a esperava. Com 12 anos deixamos facilmente manipular-nos e levar nestas coisas.

 

1.53 (Narrador)

Em vez de anunciar a palavra de Jeová de porta em porta, esse homem levava-a para o sótão dos prédios de uma rua comercial, para viola-la. Um inferno que se repetia incansavelmente todos os domingos.

 

2.18 (Myriam)

Não me sinto muito bem, sabendo o que ela passou nestes cantos sombrios e sujos… as suas primeiras experiencias sexuais não deviam ter tido lugar aqui, nem da forma que foi. É triste.

 

2.44 (Narrador)

Apenas dois anos mais tarde, a mãe fala do assunto aos anciãos. Os anciãos são os responsáveis locais ao nível da congregação. Eles convocam uma comissão judicativa: estancia disciplinar para resolver os litígios entre Testemunhas de Jeová. Por duas vezes, Joelle será ouvida pela comissão.

 

3.11 (Myriam)

Ela narrou todos os factos. Os locais dos acontecimentos, a maneira, os gestos que ele fazia, as posições que ele tomava, a violência que ele exercia nela… ela contou mesmo tudo.

 

3.26 (Jornalista)

O que decidiram depois da comissão judicativa?

 

3.30 (Myriam)

Pegaram no dossier, fecharam-no, arquivaram-no, ponto final. Ele não tinha confessado, eles não tinham provas e ele era Testemunha de Jeová.

 

3.39 (Narrador)

Os anciãos deram assim um conselho a mãe de Joelle…

 

3.45 (Myriam)

A minha mãe não fez nenhuma queixa na polícia. Ela ouviu as Testemunhas de Jeová, que disseram que não devia ir a polícia. Portanto, a minha mãe não fez nenhuma denúncia.

 

3.53 (Narrador)

Encontramos um dos membros dessa comissão judicativa. Para ele, tudo se passou com normalidade.

 

4.01 (Testemunha de Jeová membro da comissão, filmado em câmara oculta)

Se tivéssemos a certeza, tinha-mos ido a polícia, mas nós não podíamos ir a polícia.

 

4.07 (Jornalista)

Porquê?

 

4.08 (Testemunha de Jeová)

Porque era uma suspeita.

 

 

4.10 (Jornalista)

E você, porque não o fez? Era possuidor de informações.

 

4.14 (Testemunha de Jeová)

Que informações?

 

4.15 (Jornalista)

Que existia um problema.

 

4.18 (Testemunha de Jeová)

Mas que problema?

 

4.19 (Jornalista)

Que havia uma acusação.

 

4.20 (Testemunha de Jeová)

Dizem-nos tantas coisas, que não faríamos mais nada sem ser ir a polícia. São os pais que deviam ter reagido, não nos cabe a nós. Aliás, foi o que lhes dissemos.

 

4.30 (Jornalista)

E vocês disseram que deveriam fazer queixa?

 

4.33 (Testemunha de Jeová)

Dissemos a mãe. A filha estava presente. Mas foi sobretudo a mãe que dissemos: é preciso ir a polícia se está mesmo convicta.

 

4.41 (Myriam)

Nada disso. A minha mãe tinha-o feito. Desde 69 que ela está nas Testemunhas de Jeová. Ela é muito vulnerável e muito influenciável. Só vê com os olhos das Testemunhas de Jeová.

 

4.52 (Narrador)

Depois de várias tentativas de suicídio, uma vida decomposta, e um estado permanente de depressão, Joelle acaba por fazer queixa, pouco antes de prescrever. Um mês depois suicida-se. O suspeito, os anciãos e a mãe da vítima, foram interrogados e libertados até ao fim da instrução… fase instrutória essa ainda em curso.

 

5.22 (Narrador)

Em Bruxelas, Bill Bowen deseja saber mais sobre a situação Belga. Foi recebido na sede nacional (das Testemunhas de Jeová) pelos responsáveis que afirmam denunciar sempre casos de pedofilia.

 

5.34 (Responsável Testemunha de Jeová 1)

É sistemático. Oiça, não o posso dizer numa outra língua. Fazemo-lo sistematicamente quando isso acontece. Sis.. te..ma…ti…ca…mente.

 

5.44 (Responsável Testemunha de Jeová 2)

Demos instruções muito claras, aos responsáveis das nossas congregações, quando existe algum caso.

 

5.52 (Narrador)

As Testemunhas de Jeová denunciam sempre? Devemos acreditar no que dizem ou escrevem? Eis o que podemos ler numa “Sentinela “ de 1995: “Se existem boas razões para acreditar que o presumível agressor continua a cometer agressões na criança, será talvez necessário admoesta-lo. Se for este o caso, os anciãos da congregação podem fornecer ajuda. Mas se esse não for o caso, não se precipite. Com o tempo, talvez verá que não será preciso dar continuidade ao assunto”.

 

6.23 (Jacques Luc ex Testemunha de Jeová)

Agora as vítimas podem fazer uma queixa. Mas também lhes é dito para não denunciar, não acusar os seus irmãos. Bem, mas vou na mesma fazê-lo. A minha consciência diz para fazê-lo… Mas serei muito mal visto perante as autoridades da congregação. Porque além de denunciar o meu irmão, como eles dizem, manchei o nome da organização de Jeová.

 

6.56 (Narrador)

Em Bruxelas, os responsáveis reafirmaram-nos, por telefone, que avisavam sistematicamente as autoridades. Para eles, nós percebemos mal a “Sentinela” de 1995.

 

7.08 (Responsável Testemunha de Jeová)

Nós temos muitas publicações que foram feitas estes últimos anos, demonstrando que é preciso denunciar o agressor. Vou-lhe enviar alguns documentos, que a ajudará a verificar que o nosso ponto de vista, é um ponto de vista maravilhoso.

 

7.26 (Narrador)

Recebemos bem essas publicações. Mas nada nesses documentos prova que as Testemunhas de Jeová aconselham a denúncia em caso de agressão sexual. Pelo contrário. Na correspondência que nos enviaram, os responsáveis Belgas esqueceram-se de mencionar a existência desta carta, enviada a todas as congregações Belgas.

 

7.48 (Jacques Luc ex Testemunha de Jeová)

É dito aqui que: “quando um membro da congregação é acusado de agredir uma criança, os anciãos devem imediatamente entrar em contacto…” com quem? Com as autoridades? Não. “…com os serviços jurídicos da Sociedade (sociedade Torre de Vigia ou watchtower)… Na Bélgica as autoridades respeitam o segredo de uma confissão recebida por um ministro do culto…” e eles dizem-se ministros do culto. “…um ancião que recebeu tal confissão, não se encontra na obrigação, em virtude do segredo moral da confissão, de revelar os factos as autoridades.”

 

8.38 (Narrador)

Apesar da existência destes documentos, os responsáveis das Testemunhas de Jeová vão ainda mais longe nas suas afirmações. Eles querem-nos convencer que não existe nenhum caso de agressão sexual nas congregações Belgas. Mas nós encontramo-los. Anastacia refugiou-se em Bruges, depois de viver um calvário na congregação de Arlon. Abusada aos 14 anos por uma Testemunha de Jeová, ela diz não ter sido ouvida.

 

9.10 (Anastacia ex Testemunha de Jeová)

Para mim, nunca acreditam nas vítimas. São como crianças, capturadas numa armadilha… assim como os ratos que caiem sozinhos na armadilha. Eu penso que se começarem a agredir também as outras crianças, se esconderem esses feitos, isso vai ter que acabar.

Fim vídeo 6

 

 

 

 

 

0.04 (Narrador)

Na época, Anastacia não ousou dizer nada aos seus pais. Foi na polícia que ela confiou, e que imediatamente fez queixa. As Testemunhas de Jeová reagiram.

 

0.19 (Anastacia ex Testemunha de Jeová)

Isso perturbou-os um pouco, porque para eles é uma má imagem que se dá, é mau para a congregação.

 

0.28 (Narrador)

Rosalia Heise, frequentava também a congregação de Arlon. No período a que se refere este assunto, os pais de Rosalia desabafaram com ela

 

0.39 (Rosalia Heise ex Testemunha de Jeová)

Os pais receberam a visita de 2 anciãos, porque a criança tinha feito uma denúncia. Eles foram a casa, para que a queixa seja retirada. Eles vieram pedir uma opinião. Eu disse: Não se pode retirar uma queixa, temos que denunciar casos de pedofilia.

 

1.03 (Narrador)

O caso foi arquivado. Mas Anastacia não é um caso isolado. Déborah viveu a mesma história.

 

1.14 (Déborah Cassart ex Testemunha de Jeová)

Eu fui abusada dos 8 aos 9 anos por uma Testemunha de Jeová. Nunca eles disseram aos meus pais que deviam fazer uma queixa e que era isso que tinha de ser feito. Nunca. Desaconselharam-nos porque sujava o nome de Deus. Era preciso calar-nos. Só mais tarde percebi porque tinha-mos de nos calar… eu não era a única.

 

1.41 (Narrador)

Recenseamos outros testemunhos idênticos, e vários ministérios públicos do país, foram alertados para situações similares. Relativo aos casos de abusos sexuais, as Testemunhas de Jeová têem uma dupla linguagem. De facto é difícil libertar-se dos princípios da Watchtower. As ex Testemunhas de Jeová que nós encontramos, pagaram um preço elevado. Mas todas tomaram as rédeas das suas vidas. Os camaradas de turma do Nicolas, assistiram a sua metamorfose.

 

2.14 (Colega de Nicolas)

No inicio quando te conhecemos eras liso… estavas formatado, melhor… muito, muito formatado. Falavas bem de mais, eras brilhante de mais. Não era normal para um adolescente de 15 anos.

 

2.30 (Nicolas Jacquette ex Testemunha de Jeová)

Eu sou eu. Agora sou eu próprio. Pela primeira vez eu sou quem deveria sempre ser, e não aquela personalidade que me queriam impor. Queriam que eu fosse um perfeito pequeno pregador, um soldado de Jeová.

 

2.44 (Déborah Cassart ex Testemunha de Jeová)

Dizem-nos que quando se deixa o povo de Deus, não podemos ser felizes, seremos infelizes. Comigo é ao contrário. Eu saí, tive as minhas depressões, graças as Testemunhas de Jeová, consegui levantar-me e agora sou feliz, graças ao meu marido e aos meus filhos.

 

3.04 (Lisa Taibi ex Testemunha de Jeová)

Dizem que a serenidade não tem preço, portanto eu tive de pegar na minha liberdade e reconstruir-me. Tive de aprender a reconhecer-me, a encontrar-me.

 

3.16 (Jacques Luc ex Testemunha de Jeová)

Lamento ter sido manipulado, mas lamento ainda mais, eu próprio ter sido um manipulador. Isto é, desempenhar um papel e transmitir essa manipulação aos outros.

 

3.38 (Malika Attar Jornalista)

Acabamos de ouvir Catherine, os testemunhos das vítimas que encontrou, são verdadeiramente pungentes. Mas gostaria de saber se essas pessoas são ameaçadas pelas Testemunhas de Jeová, simplesmente porque elas se atreveram a falar.

 

3.52 (Catherine Lorsignol Jornalista)

As vítimas foram muito corajosas por falarem nesta reportagem. Também o que é verdade, é que o hábito das Testemunhas de Jeová, é de voltar a contactar as ovelhas perdidas e de tentarem traze-las novamente. Eu própria, não sou uma ovelha perdida, mas eles tentaram converte-me. Recebi correspondência de uma Testemunha de Jeová, que talvez devo ter cruzado durante a reportagem, e essa longa carta, muito educada, muito gentil, tenta convencer-me dos benefícios dos princípios da Watchtower. Junto com a carta recebi estas publicações, que eles habitualmente deixam ficar nas caixas de correio. Talvez eles quisessem… bem não é talvez, eles queriam oferecer-me acesso ao seu paraíso eterno.

 

4.46 (Malika Attar Jornalista)

E você, vai a essa formação!?

 

4.50 (Catherine Lorsignol Jornalista)

Depois de tudo o que eu aprendi nesta reportagem, vou abster-me de responder ao convite.

 

4.56 (Malika Attar Jornalista)

Muito obrigado Catherine. Adeus.

 

Fim do vídeo 7


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publicado por Justiceiro, em 23.08.10 às 20:11link do post | favorito
 

 0.10 (Enxerto de um DVD das Testemunhas de Jeová)

Como Testemunha de Jeová, tu sofres várias pressões. Os outros pensam que és esquisito, que fazes parte de uma seita, ou algo místico. Batiam-me, cuspiam-me. Nas aulas batiam-me nas costas para que eu não conseguisse ouvir. Quando eu ia para a escola, tinha o meu coração aos pulos.

 

0.33 (Nicolas Jacquette ex Testemunha de Jeová)

Ao fim e ao cabo, começamos a nossa infância, e acabamos por continuar a nossa vida com a síndrome da perseguição, convencidos de que ser perseguido é normal e que temos que ser perseguidos porque é a prova que estamos na verdade.

 

0.52 (Nicolas Jacquette ex Testemunha de Jeová)

Temos a obrigação de proselitismo sobre as crianças no meio escolar. Dizem-nos, que por eles não estarem na verdade, irão morrer no Armagedão. As Testemunhas de Jeová acreditam que só elas sobreviverão, e que a única maneira de salvar os outros, é um proselitismo intensivo.

 

1.19 (Nicolas Jacquette ex Testemunha de Jeová)

Eles tinham um termo que era: ter o sangue dos outros em cima da nossa cabeça. E desde pequeno tenho esta imagem do sangue dos meus camaradas que me escoria pela cabeça se não os evangelizasse. Ficava aterrorizado só de pensar nisso.

 

1.31 (Narrador)

Neste livro destinado aos jovens, encontramos esse mesmo discurso. Evitar os amigos do exterior, mas aproveitar os contactos para convertê-los.

 

1.44 (Narrador)

Educado por pais Testemunhas de Jeová até a idade de 16 anos, Franz não tinha o direito de ter amizades fora do movimento religioso. Foi a sua paixão pelos autocarros que lhe permitiu fugir.

 

2.03 (Narrador)

Foi aqui que ele fez as suas primeiras amizades “no mundo” , ou seja, fora das Testemunhas de Jeová, primeiro como utente dos autocarros e depois como apaixonado pelos mesmos, protegido pelos mecânicos.

 

2.14 (Franz)

Graças aos autocarros, conheci outras pessoas que não as Testemunhas de Jeová, pois neles viajam todo o tipo de pessoas. E isso ajudou-me a reconstruir-me.

 

2.33 (Narrador)

Mas quando Franz deixou a organização, o mais difícil para ele foi ousar movimentar-se sem receio no mundo exterior.

 

2.42 (Franz)

Eu só conhecia Testemunhas de Jeová. Uma vez decidi ir dar uma volta de autocarro. Vi outras caras, outras pessoas do mundo, e tentei procurar o que me ensinaram: os seus defeitos. Não vi nada. É claro que me sentia agitado, mas estava feliz. Nas Testemunhas de Jeová eu não era ninguém, se ainda lá estivesse eu continuava a ser um Zé-ninguém. Eu teria ficado louco, louco, louco. Eu acho que se não teria ido embora, estaria a esta hora morto.

 

3.42 (Narrador)

O sofrimento descrito pelas ex Testemunhas de Jeová é bem conhecido de Sonya Jougla. No seu consultório de psicologia, os ex adeptos exprimem frequentemente as mesmas dificuldades.

 

3.56 (Sonya Jougla)

O que é grave, é que a criança não consegue desenvolver-se como pessoa, com personalidade própria. Ela só pode ser aquilo para que foi formatada, ela tem que agradar a Jeová. Elas não podem desenvolver-se no plano emocional, afectivo e psicológico.

 

4.25 (Repórter)

Pode-se falar em mais tratos?

 

4.27 (Sonya Jougla)

Sem dúvida.

 

4.32 (Narrador)

O lazer, o desporto, a música, nada é deixado ao acaso nas Testemunhas de Jeová. Quando ela era adolescente, Lisa não tinha direito de ouvir música rock. Hoje abandonou a organização, aumentando a sua cultura musical.

 

4.54 (Lisa Taibi ex Testemunha de Jeová)

Nunca tinha pensado entrar aqui, até porque tinha medo. Isto não é bem o meu estilo, por causa da violência e da violência das palavras etc. Tudo o que me pudesse influenciar, tudo o que pudesses influenciar outras Testemunhas de Jeová a fazer alguma coisa contrária a bíblia, contrário as crença, não tinha direito de fazê-lo.

 

5.17 (Narrador)

Lisa tinha 12 anos quando a sua mãe tornou-se uma Testemunhas de Jeová. Ela seguiu os mesmos regulamentos que sua mãe até a idade de 25 anos. Hoje, Lisa acha que seguindo esses princípios (princípios das Testemunhas de Jeová), ela não teve adolescência, nem a possibilidade de se construir.

 

5.34 (Lisa Taibi)

Este mundo é passageiro, no entanto o futuro é o paraíso terrestre, a vida eterna sem nenhuma doença. Não teremos mais nenhum problema, tomarão conta de nós… enfim… o mundo dos Teletubbies. Os actos que a pessoa tem, servem para comprar a presença no novo mundo.

 

5.57 (Repórter)

Os estudos para si, eram um problema?

 

6.01 (Lisa Taibi)

Eu não tive direito a escolher o que gostava de seguir. Por exemplo, eu tive de aprender a costurar, porque é uma coisa que não rouba muito tempo. Queria ser fotógrafa, mas não dava, porque ainda seria obrigada a fotografar modelos nus. Seguir direito, também estava fora de questão, porque seria obrigada a defender mentirosos. Cabeleireira também não servia, por ser um meio pouco frequentável.

 

6.32 (Nicolas Jacquette ex Testemunhas de Jeová)

Eu queria ser desenhador, concretamente de desenhos animados, mas os meus pais diziam que era perigoso, porque as publicações das Testemunhas de Jeová diziam que os desenhos animados faziam apologia ao sexo, a violência, a magia, e que um dia, eu teria de desenhar coisas que fizessem referência a tudo isso.

 

6.58 (Narrador)

Jacques Luc já havia terminado os seus estudos quando veio a ser membro da organização. Durante 40 anos no meio das Testemunhas de Jeová, ele teve tempo para estudar as publicações da Watchtower. Os princípios e as directivas que dizem respeito aos jovens, ele conhece-as quase de cor.

 

7.18 (Jacques Luc ex Testemunha de Jeová)

Eles dizem o seguinte: “o ambiente universitário encoraja o espírito de independência e do laxismo, que estão na origem da impureza sexual e da toxicomania. Praticas essas que inúmeros jovens podem ter dificuldade de resistirem. Incitamos os jovens a continuar a procurar o conhecimento da bíblia, porque esse conduz a vida eterna.” Por outras palavras, é bem claro que frequentar cursos superiores, é fonte de todos os males.

 

7.56 (Narrador)

Os responsáveis das Testemunhas de Jeová, recusaram uma entrevista frente as câmaras, mas ao telefone, eis o que eles nos dizem quando os interpelamos sobre o acesso aos estudos superiores:

 

8.09 (Testemunha de Jeová)

Em alguns casos existem estudos superiores que podem ser prejudiciais

 

8.11 (Repórter)

Como por exemplo…

 

8.13 (Testemunha de Jeová)

Por causa das frequentações.

 

8.16 (Repórter)

O meio universitário é perigoso, podemos encontrar pessoas más?

 

8.17 (Testemunha de Jeová)

Não, não podemos dizer isso, porque até existem muitas Testemunhas de Jeová nesse meio, que fizeram estudos universitários e que não se deram mal. Pelo contrário, encorajamos crianças Testemunhas de Jeová a fazerem grandes estudos. 

 

8.34 (Jacques Luc ex Testemunha de Jeová)

Bem, isto tem uma dupla linguagem. Eles são obrigados a ter pessoas que cursam um nível superior, mas não os vão encorajar, pelo contrário. Discursos recentes enfatizam bem que os jovens não devem cursar níveis superiores. (Veja aqui)

 

9.17 (Narrador)

Para nos convencerem da boa integração dos seus membros na sociedade, os responsáveis das Testemunhas de Jeová, ofereceram-nos esta brochura. Uma verdadeira compilação de referências para provar o bem-estar e a adaptação social dos adeptos. Até mesmo um sério estudo do professor Saroglou da Universidade Católica de Louvain, é mencionado. “(…) essas pessoas possuem crenças essenciais a adaptação no mundo e ao bem estar (…)

 

Fim vídeo 3

 

 

 

 

 

 0.05 (Narrador)

Quisemos saber mais sobre os estudos do professor Saroglou. As conclusões dos seus estudos estariam correctamente citadas na brochura? Os princípios de Jeová levam realmente ao bem estar?

 

0.20 (Professor Saroglou)

É por vezes uma parte da realidade, uma realidade que está incompleta que não reflecte a totalidade das questões em causa.

 

0.30 (Narrador)

A outra parte da realidade, esquecida na brochura, é esta: “acreditamos que a felicidade do grupo tem um preço: o da liberdade.”

 

0.45 (Narrador)

Perder a sua liberdade de escolha, de decidir, é também o que constatam os psicólogos no terreno.

 

0.54 (Sonya Jougla)

Não é a democracia, a laicidade que é importante, é Jeová. Jeová está em primeiro lugar, sempre. Portanto, eles não podem ser cidadãos. Não podem pensar por eles próprios, não podem votar, não podem decidir por eles mesmos, porque o que eles têm de fazer há-de estar escrito em algum lado. Há que seguir o manual de instruções. Tudo está pensado antecipadamente, mais nada.

 

1.26 (Narrador)

Esta submissão completa aos princípios de Jeová, Jean-Marie Bastin, conhece-a bem. Ele foi Testemunha de Jeová durante 23 anos.

 

1.36 (Repórter)

O que tem aí dentro?

 

1.38 (Jean-Marie Bastin ex Testemunha de Jeová)

É o manual de instruções para a vida nas Testemunhas de Jeová.

 

1.45 (Narrador)

Hoje graças a este manual de instruções, ele não vê mais a sua filha que ainda é Testemunha de Jeová. O relacionamento está praticamente destruído desde que abandonou o movimento.

 

1.56 (Jean-Marie Bastin ex Testemunha de Jeová)

Uma vez que os deixamos, é feita uma carta de dissociação, e a partir daí, os livros deles, os seus ensinamentos, dizem que não podem mais frequentar a pessoa que se retirou, mesmo que essa pessoa seja o seu pai. O contacto apenas é permitido se essa pessoa viver debaixo do mesmo teto. Como não era esse o caso, é o que se vê…

 

2.22 (Narrador)

Desde que deixaram a organização, Jean-Marie e Michel Bastin, tentaram levar uma vida normal. Tentaram multiplicar os contactos com a sua filha, mas sem sucesso.    

 

2.34 (Jean-Marie Bastin ex Testemunha de Jeová)

Se há uma mensagem que podemos passar, é que estamos infelizes. Estamos felizes por os ter deixado (as Testemunhas de Jeová), mas infelizes pelas aplicações dessas sanções por pessoas que se dizem Cristãs. Uma criança que está viva, mas que não vemos, que está considerada como morta, como é que quer que façamos o luto? Está fora de questão fazer o luto, ela está viva. É um atentado a liberdade. Aliás, a convenção dos direitos humanos condena tais práticas. É um desrespeito e uma tristeza ver uma organização que se diz cristã agir assim.

 

3.07 (Narrador)

Na sede nacional das Testemunhas de Jeová, os responsáveis reconhecem a existência destas situações.

 

3.13 (Responsável Testemunha de Jeová)

As Sagradas Escrituras são claras sobre esse assunto. Deixamos a cada família, a liberdade de decisão. Não impomos nada. E se porventura uma família decide manter o contacto, é da sua própria responsabilidade.

 

3.29 (Narrador)

Mas a ameaça de ser destruído no Armagedão, leva os fiéis a obedecerem as directivas relembradas neste livro de 2008. “Outro caso é de um familiar desassociado (excomungado) (…). Mesmo que seja preciso algum contacto em raras ocasiões (…), qualquer convivência deste género,  deve ser reduzida ao mínimo.”

 

3.49 (Jacques Luc ex Testemunha de Jeová)

Desde que deixamos as Testemunhas de Jeová, ou mesmo que nos afastamos sem dizer que os vamos abandonar, perdemos todos os nossos amigos. E como as Testemunhas de Jeová dizem que não devemos fazer amizades fora do seu círculo, quando os perdemos, perdemos toda a gente.

 

4.10 (Nicolas Jacquette ex Testemunha de Jeová)

Presentemente os meus pais cortaram qualquer contacto comigo. Estou morto para eles… não existe mais nada. A minha mãe enviou-me uma carta onde dizia: “tens sorte em ser feliz”. Ela admitia que eu era feliz, mas não era a verdadeira felicidade. É a negação da felicidade, se essa mesma não corresponde aquilo que é imposto pelas Testemunhas de Jeová. “Outros não podem ser felizes porque estão roídos pela culpabilidade e pela tristeza”. Estava a falar dela e do meu pai. E depois dizia: “abriremos novamente os nossos braços, quando te dispuseres a levar uma vida pura.” Por outras palavras: a porta continuará fechada enquanto não fores novamente uma Testemunha de Jeová.

 

4.52 (Narrador)

Também Hugo não pode ver os seus pais as vezes que quiser. Conheceu a Lisa nas Testemunhas de Jeová. Desde que decidiram afastar-se, eles conhecem os mesmos problemas com as suas famílias.

 

5.04 (Hugo ex Testemunha de Jeová)

Há alguns meses atrás soube pela minha irmã Sara, que também ela tinha sido excluída e que aconselharam os meus pais a não ter mais contacto connosco. Nós costumava-mos ter reuniões de família, víamo-nos regularmente. Fazíamos churrascos e coisas assim do género.

 

5.25 (Lisa Taibi ex Testemunha de Jeová)

A última vez que estive em casa da minha mãe foi para fazer limpeza. Nesse dia uma Testemunha de Jeová foi a casa dela. A minha mãe disse-me que eu tinha que me ir embora. Fui obrigada a fugir discretamente porque era impensável alguém ver-nos juntas. Somos baixas colaterais. É triste porque não somos objectos estragados mas sim Seres humanos.

 

5.48 (Hugo ex Testemunha de Jeová)

Os actos não são premeditados, vemos isso quando deixamos as Testemunhas de Jeová. Quando pertencemos as Testemunhas de Jeová, achamos normal respeitarmos os princípios, mesmo que estejamos a prejudicar alguém, mas não damos por isso, é intencional, não posso culpar essa gente.

 

6.16 (Narrador)

Entre as vítimas dessas rupturas familiares e sociais, uma só pessoa atreveu-se a processar as Testemunhas de Jeová, invocando a lei da descriminação. As Testemunhas de Jeová ganharam os primeiros processos, mas a batalha jurídica ainda não acabou.

 

6.34 (Thierry Bontinck Advogado)

Está fora de questão para nós, e acho que isso é muito importante para o meu cliente, criticar o movimento das Testemunhas de Jeová. O que achamos inaceitável é as recomendações de descriminação dadas pelas Testemunhas, em relação a antigas Testemunhas de Jeová que foram excluídas da comunidade.

 

6.56 (Narrador)

É a primeira vez que as Testemunhas de Jeová são acusadas de descriminação frente a um tribunal. Se o tribunal der razão ao queixoso, talvez as Testemunhas de Jeová sejam obrigadas a adaptar-se para não serem mais condenadas.

 

7.10 (Thierry Bontinck Advogado)

O que o meu cliente quer ouvir dizer dum juiz, é simplesmente que as medidas tomadas pelas Testemunhas de Jeová em relação a um excluído, são discriminatórias. Quer que seja dado ordem para que essa decisão seja publicada nos inúmeros compêndios das Testemunhas de Jeová. O meu cliente não quer nenhuma compensação financeira.

 

7.34 (Narrador)

Outro campo em que as Testemunhas de Jeová enfrentam a lei, é a das transfusões de sangue.

 

7.43 (excerto do DVD Testemunhas de Jeová)

Não é preciso uma analise teológica para percebe-la ou explica-la, as escrituras dizem tão simplesmente que é preciso abster-se do sangue.

 

7.53 (Narrador)

Segundo este princípio bíblico, as Testemunhas de Jeová não podem aceitar transfusões de sangue mesmo se as suas vidas dependerem delas. Nas publicações da Watchtower assistimos a um verdadeiro culto do mártir. Neste documento distribuído no mundo inteiro, crianças são mostradas como exemplo. Todos rejeitaram as transfusões. Quase todos morreram.

 

 

8.20 (Nicolas Jacquette ex Testemunha de Jeová)

A partir dos 6 anos, estava pronto a morrer e até mesmo a arrancar as agulhas, porque davam-nos imensos exemplos nas Sentinelas de crianças que heroicamente arrancaram as agulhas dos seus braços em vez de levarem uma transfusão de sangue. Eu até cheguei a querer mais do que isso. Eu queria mesmo ter um acidente e colocar a minha vida em risco, para depois provar a minha fidelidade a Jeová por recusar uma transfusão de sangue. Tinha o desejo de aparecer na Sentinela como um exemplo.

 

8.46 (Narrador)

Quando um médico encara com uma Testemunha de Jeová que recusa uma transfusão, ele tem de decidir entre duas lógicas: respeitar o direito de escolha de tratamento do paciente, ou seguir a ética médica, proporcionando os melhores cuidados.

 

9.00 (Professor Phillippe Van der Linden)

A minha prática é respeitar o desejo do paciente seja qual for a razão desse desejo. Com as crianças, evidentemente a situação é totalmente diferente. Na criança é a ética médica que prevalece, e o médico decide no momento o que é melhor para o paciente.

 

9.23 (Narrador)

Na Bélgica uma lei permite, se necessário, suspender a autoridade parental, o tempo essencial para administrar o tratamento fundamental a uma criança. Nem sempre as Testemunhas de Jeová estão erradas por não aceitarem transfusões. Hoje em dia, novas técnicas permitem evita-las.

 

Fim vídeo 4


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publicado por Justiceiro, em 23.08.10 às 19:33link do post | favorito

Par enteder melhor o mundo (e as suas consequências) à parte das Testemunhas de Jeová, tomei a liberdade de traduzir uma reportagem difundida pela RTBF. Todos aqueles que desejarem retirar a tradução, estejam à vontade para fazê-lo. Se a mesma for colocada num outro sítio, por favor, dêem os créditos aqui ao Justiceiro, proprietário do Talho! Parecendo que não, isto requereu algumas (muitas) horas de trabalho.

 

 

 

O Mundo Perfeito de Jeová

 

 Eles são 7 milhões no mundo e mais de 24 na Bélgica. Eles dizem ser uma das religiões mais importante do país. Eles são as Testemunhas de Jeová. Eles prometem-nos um mundo perfeito, mas esta noite irá ver que esta bonita promessa pode bem ser fantasiosa.

 

0.58 (Malika Attar Jornalista)

Catherine Lorsignol boa noite. Foi você que realizou, juntamente com Jean-Michel Dehon o primeiro “Dever de Investigação” desta noite. Você interessou-se pelas Testemunhas de Jeová, mas nós gostaríamos de saber porque teve vontade de fazer esta investigação agora. Afinal temos a sensação que conhecemos bem essa gente. Elas parecem pessoas tão pacíficas, mas então Catherine, o que suscitou a seu interesse?

 

1.23 (Catherine Lorsignol Jornalista)

Foi o destino das crianças. Crianças essas que hoje são adultas e que decidiram falar. Nesta reportagem encontramos muitas ex Testemunhas de Jeová. Contaram-nos como lhes roubaram a sua infância, como foram destruídos psicologicamente. É verdade que descobrimos um mundo preocupante nas Testemunhas de Jeová. É um universo, onde por exemplo, os pedófilos são protegidos, porque os responsáveis pelas Testemunhas de Jeová desaconselham as vítimas de agressão sexual a formalizarem queixa. Essas vítimas encontramo-las e quisemos também ter algumas explicações dos responsáveis das Testemunhas de Jeová e irá ver que não foi sempre fácil.

 

 2.15 (Jacques Luc ex testemunha de Jeová)

Muito amor no inicio, mas acredite que depois de ser uma Testemunha de Jeová por algum tempo, somos um móvel como todos os outros.

 

2.25 (Franz ex Testemunha de Jeová)

O que eu passei e o que vi no meio deles, não é aquilo que eles querem fazer querer.

 

2.33 (Jacques Luc ex Testemunha de Jeová)

É a anti liberdade, a não aplicação dos direitos humanos e… pronto, não existe liberdade.

 

2.43 (Rosalia Heise Ex Testemunha de Jeová)

Eu sei que saí de lá, e sei que nunca mais voltarei… nunca mais, a menos que perca a cabeça.

 

2.53 (Lisa Taibi ex Testemunha de Jeová)

Eu chamo a isso clonagem. É do género: mete-se as pessoas dentro de uma máquina e saímos de lá todos iguais.

 

3.01 (Nicolas Jacquette ex Testemunha de Jeová)

Toda a gente pensava que eu era uma criança Testemunha de Jeová feliz, quando na verdade eu morria de infelicidade. Era depressivo e tinha tendências suicidas.

 

3.09 (Sonya Jougla Psicóloga)

A criança não pode desenvolver-se enquanto pessoa.

 

3.16 (Déborah Cassart ex Testemunha de Jeová)

Eles quiseram abafar os actos de pedofilia que existem no seu meio. E isso aniquilou-me. Foi por causa disso que eu quis acabar com a minha vida.

 

3.30 (Bill Bowen ex Testemunha de Jeová)

Na minha opinião é um paraíso para pedófilos.

 

3.34 (Lisa Taibi ex Testemunha de Jeová)

Eles vêem um mundo perfeito, portanto querem dar a imagem que são perfeitos. Mas por detrás de tudo isto, existe sujidade.

 

3.49 (Orador testemunha de Jeová)

Repararam os termos utilizados por Paulo neste versículo? Bonito e agradável. Eis o que é a pregação. Por outras palavras, mais iremos pregar por amor a Jeová e amor ao nosso próximo, mais teremos vontade de ir.

 

4.10 (Narrador)

Assembleia de distrito anual em Charles Roy. 3 Dias de discurso espiritual, estudos de textos bíblicos, cânticos entoados em uníssono. O programa é dado em Francês, Italiano, e em Lingala para 6 mil Testemunhas de Jeová e simpatizantes vindos em família. Todos procuram acima de tudo reconforto e respostas.

 

4.34 (Testemunha de Jeová)

Estamos quase como que num sonho nas assembleias. Estamos num meio onde nos sentimos em segurança. Recebemos sempre as respostas as nossas perguntas e ao que devemos fazer para nos adaptar aos problemas desta geração… desta sociedade.

 

4.51 (Testemunha de Jeová)

Quando crescemos temos algumas perguntas sobre a vida de todos os dias, e procurando as respostas, vimos que a bíblia tem lógica e que responde a imensas coisas.

 

5.04 (Testemunha de Jeová)

É preciso leis únicas para podermos ter sucesso, e nas Testemunhas de Jeová respeitamos a bíblia a 100%.

 

5.13 (Narrador)

Na assembleia muitas crianças e os seus pais, ouvem horas de discursos sem praticamente deixarem os seus lugares.

 

5.23 (Testemunha de Jeová)

Desde a sua tenra infância, eles apreciam saber que Deus gosta das crianças, e que Jesus quando esteve na terra abraçava-as. Penso que as crianças têm aqui o seu lugar e que também encontram muita alegria em estar aqui.

 

5.45 (Criança Testemunha de Jeová)

Gosto muito de ouvir com a minha mamã o que é dito na assembleia, para aprender mais sobre Jeová.

 

5.51 (Repórter)

E isso interessa-te?

 

5.53 (Criança Testemunha de Jeová)

Sim muito. Talvez daqui a alguns anos serei um baptizado.

 

6.06 (Mãe Testemunha de Jeová)

Ensinamo-los aos poucos a ouvir e a portarem-se bem, o que os ajuda muito na escola.

 

6.15 (Criança Testemunha de Jeová)

Nos vemos no mundo que hoje existe violência em todo o lado, mas aqui, nunca vi violência.

 

6.24 (Narrador)

Muitos adolescentes exprimem a sua motivação e fé. Jovens que querem dar uma imagem de uma juventude sã e radiante.

 

6.36 (Jovem Testemunha de Jeová)

Quando eu era pequeno, acompanhava os meus pais as reuniões espirituais, tais como esta, e aos poucos, enquanto crescia, verificava que era a verdade. Assim, o meu coração decidiu servir a Jeová.

 

6.55 (Jovem Testemunha de Jeová)

Aqui encontramos amigos, porque na escola por vezes não encontramos boas companhias, mas aqui encontramos imensa gente, verdadeiros amigos. É mesmo bom.

 

7.19 (Narrador)

Hoje muitos jovens irão ser baptizados. Aqui não se baptiza bebés. Primeiro o candidato ao baptismo tem de seguir muitas horas de estudo da bíblia e tem também de conhecer e aplicar os princípios da organização. Uma última vez, o orador lhes explica que o baptismo é um verdadeiro compromisso para obedecer a Jeová.

 

7.39 (Orador Testemunha de Jeová)

Mas tem que ficar claro no seu espírito, caro candidato ao baptismo… enquanto segurar firmemente a mão de Jeová, enquanto fizer o que Ele quer, serão profundamente felizes… e podemos garanti-lo.

 

7.58 (Narrador)

Depois de um discurso musculado, os candidatos ao baptismo deslocam-se com as suas famílias, ao salão do Reino da zona. Muitos foram educados por pais Testemunhas de Jeová.

 

8.09 (Candidata ao baptismo)

Isto representa todo um caminho desde a minha infância, desde a minha nascença. Fui educada na verdade e aprendi a conhecer e a aplicar os seus princípios. E agora estou apta para fazer o que é correcto aos seus (Deus) olhos.

 

8.28 (Candidato ao baptismo)

O importante é ter vontade e que acreditemos verdadeiramente em Deus e que digamos: eu quero servir a Deus. O mais importante, é o que vai no coração.

 

8.41 (Narrador)

Um a um, os 37 candidatos ao baptismo vão ser submersos na piscina. O ritual leva apenas uns segundos. Alguns instantes que servirá para transformar a vida do baptizado, doravante totalmente dedicada à vontade divina.

 

9.01 (Repórter)

O que vai mudar a partir de hoje?

 

9.04 (Nova Testemunha de Jeová)

A única coisa que muda, é que tomamos uma posição pública. Antes já a tinha-mos tomado no nosso coração, mas agora ela é pública.

 

9.25 (Narrador)

O dia ainda não acabou para estas novas Testemunhas de Jeová. O grupo volta para a assembleia. Os discursos vão novamente prosseguir até ao último dia do fim-de-semana.

 

Fim video 1

 

 

 

 

 0.04 (Narrador)

Quisemos saber mais sobre as regras que seguem perto de 7 milhões de Testemunhas de Jeová no mundo. A sede Mundial está situada em Brooklyn, nos Estados Unidos e tem como nome a Watchtower. Não existem chefes, mas um colégio de uma dezena de homens. Eles dirigem a organização dando as mesmas directivas divinas a todas as congregações ao redor do mundo. Foi um certo Charles Taze Russell que inicia em 1871 grupos bíblicos. Rapidamente cria a Watchtower, propondo a leitura da bíblia corrigida, anunciando o fim do mundo para 1914. Para Russell, o mundo será destruído no Armagedão e Jeová estabelecerá o paraíso eterno na terra.

 

1.10 (Narrador)

A humanidade sobrevive a 1914, mas os sucessores de Charles Taze Russell avançam com outras datas: 1925, 1975. Hoje em dia, as Testemunhas de Jeová esperam ainda o eminente fim do mundo, sem nunca fixar novas desilusões.

 

1.26 (Testemunha de Jeová)

Nós pensamos que Jeová irá intervir. E depois da catástrofe, Deus irá solucionar os problemas da terra. Mas as pessoas que não quiserem vergarem-se aos ensinamentos bíblicos, estas pessoas não estarão nesta sociedade que Deus irá criar.

 

1.50 (Narrador)

Para não ser destruído no Armagedão, apenas uma única solução: agradar a Jeová, respeitando uma série de princípios inspirados de uma leitura literal da bíblia.

 

2.01 (Testemunha de Jeová)

Desde o acordar até ao deitar, pensamos e vivemos os ensinamentos bíblicos. De manhã até a noite, não há repouso.

 

2.12 (Testemunha de Jeová)

Claro que somos imperfeitos, mas se pusermos os nossos ensinamentos em prática, tiramos daí muitos benefícios.

 

2.27 (Narrador)

E para salvar os outros, aqueles que não conhecem os princípios de Jeová, os fiéis tem uma missão: converter. Um dever ao qual eles consagram o máximo de tempo.

 

2.43 (Narrador)

Para os ajudar na sua luta, a Watchtower edita mais de 30 milhões de diversas publicações, traduzidas em 81 língua. Na Bélgica as Testemunhas de Jeová são perto de 24 mil. Quem são esses homens e mulheres que servem uma organização denunciada em diversas comissões parlamentares sobre as seitas? Como crescem as suas crianças? Educadas em princípios rigorosos, as suas vidas são ritmadas por reuniões no Salão do Reino, horas de estudo bíblico e porta a porta para a pregação. Mas quando fazemos perguntas que incomodam, as portas fecham-se. Depois da Assembleia de Charles Roy, os responsáveis das Testemunhas de Jeová recusaram-nos qualquer entrevista.

 

3.28 (Malika Attar Jornalista)

Neste momento do seu inquérito, deu-se uma ruptura com as Testemunhas de Jeová e esta mesma parece ser repentina. Não percebemos muito bem o que se passou. No início você podia filmar tudo, e de um dia para o outro … bem … põe-na na rua.

 

3.40 (Catherine Lorsignol Jornalista)

Bem, é verdade que no início podíamos fazer tudo o que queríamos. Vocês viram… filmamos baptismos, podemos ir facilmente a Assembleia a Charles Roy, e depois, muito, muito repentinamente nos início das rodagens, os responsáveis avisaram-nos que há alguns temas tabus. De facto eles não queriam que falasse-mos de algumas acusações que existiam sobre as testemunhas de Jeová, no que diz respeito a pedofilia. E para bem percebermos que este tema era proibido, eles enviaram directamente para a mais alta hierarquia da RTBF (canal de televisão e rádio belga) alguma correspondência.

 

4.12 (Malika Attar Jornalista)

Você evidentemente continuou o seu trabalho Catherine. Mas as pressões pararam depois desta carta, ou teve de prosseguir o seu trabalho… vamos lá… constrangida?

 

 

4.24 (Catherine Lorsignol Jornalista)

É verdade que o clima continuou pesado, mas não podíamos dizer que tivemos pressões, mas como continuamos a negociar entrevistas com os responsáveis das Testemunhas de Jeová, eles propuseram-nos uma espécie de pequeno contrato que era o seguinte: “Nós podemos lhes facultar mais uma entrevista, mas numa condição: vocês não podem falar com alguns opositores bem concretos”. Está claro que não cedemos a esta espécie de chantagem, e estes opositores simplesmente fomos ao encontro deles.

 

4.57 (Narrador)

Hoje cada vez mais Testemunhas de Jeová ousam falar da sua infância diferente.

 

5.16 (Narrador)

Déborah cresceu no seio de uma família Testemunha de Jeová. Ela abandonou a organização à 10 anos para que as suas filhas possam ter outro tipo de educação. Débora descreve num mundo cheio de proibições, sem Natais, sem Pai Natal, sem aniversários. Todas essas festas pertencem aquilo que as Testemunhas de Jeová denominam de Religião falsa.

 

5.37 (Déborah ex Testemunha de Jeová)

Quando eu andava na escola, na primária, certa vez enfeitei a árvore de Natal apenas com uma bola, e a minha pequena camarada de turma, também ela Testemunha de Jeová, foi nesse mesmo dia contar o sucedido aos pais. Eles ligaram para minha casa dizendo que se eu não pedisse perdão, iria ser destruída… Não tinha agradado a Jeová, por conseguinte iria morrer. Tinha medo, porque tinha na época mais ou menos 8 anos. Quando alguém diz uma coisa dessas a uma criança, é claro que a atormenta. Somos fechados, estamos stressados e ficamos depressivos. E quando se tem medo, a pessoa fecha-se sobre ela mesmo, não olha para o exterior, obedece e não quer ver o mundo lá fora.

 

6.25 (Narrador)

Nicolas é Francês, também ele deixou as Testemunhas de Jeová. Até à idade de 22 anos seguiu rigorosamente os mandamentos ensinados pela organização.

 

6.38 (Nicolas Jacquette ex Testemunha de Jeová)

Luzes como esta, não tinha-mos o direito de acha-las bonitas, porque o Natal era Satânico, Demoníaco, uma festa pagã. Portanto, mesmo que enquanto criança tivéssemos vontade de nos encantar como toda a criança, frentes a estas bonitas montras, não tinha-mos o direito de o fazer. Em auto consciência, em auto crítica, tinha-mos de dizer a nós próprios que aquilo não era bom, que não temos esse direito, que aquilo que estávamos a sentir era um sentimento diabólico e o que tínhamos de fazer, era pedir ajuda. 

 

7.09 (Deborah Cassart ex Testemunha de Jeová)

Quando somos pequenos, dizem-nos que temos de obedecer a Jeová e ao que nos mandam fazer, caso contrário não seremos salvos no dia do Armagedão. Seremos destruídos. Quando se é uma criança, fica-se com medo de não ser poupado e de não viver no paraíso, porque dizem-nos que viveremos num paraíso terrestre. Tinha muito medo e todas as noites rezava a Jeová. Também tinha medo porque falavam-me dos Demónios, de Satanás e por tudo isso, rezava e escondia-me no escuro, com medo dos demónios e de Satanás estivesse no meu quarto. Contavam-me que ele (Satanás) sabia qual o nosso pensamento. Portanto, andava sempre amedrontada.

 

 

7.51 (Nicolas Jacquette ex testemunha de Jeová)

A maior parte dos pais, reconfortava os filhos, dizendo que o monstro debaixo da cama não existia, mas o problema é que os meus pais diziam que ele existia e que se chamava Satanás. Para agravar mais a situação, as publicações das Testemunhas de Jeová estão carregadas de ilustrações monstruosas: dragões com 7 cabeças e 10 chifres, grandes feras parecidas com leões mas com varias cabeças, anjos maus, querendo levar toda a gente numa destruição final. Todas essas imagens povoavam os meus pesadelos e alimentava os mesmos. Quando fazia alguma asneira, suplicava a Jeová, pedindo-lhe perdão, dizendo-lhe que eu não valia nada, que não era digno e que não devia ter pecado. Vivemos num mundo de culpa, deixando de existir enquanto Ser humano.

 

8.38 (Narrador)

Para instruir nas crianças os ensinamentos de Jeová, a organização proporciona inúmeras publicações aos seus membros, livros e DVD`S, adaptados a todas as idades. Encontramos lá conselhos sobre todos as áreas do dia-a-dia.

 

8.51 (Enxerto de um DVD das Testemunhas de Jeová)

Descubra nos “Jovens Perguntam”, o perigo de alguns amigos pouco recomendáveis. O desejo de sermos aceites é perigoso quando este nos leva para amizades pouco recomendáveis. A Bíblia previne-nos: Más companhias estragam hábitos úteis. As más companhias, são aqueles que não amam a Jeová. É alguém que mostra pelas suas atitudes, pela sua maneira de agir, que não respeita os princípios de Jeová. O respeito dos princípios divino, limitará a escolha dos seus amigos. Sendo diferentes, você fará a diferença sobre os outros.

 

9.32 (Nicolas Jacquette ex Testemunhas de Jeová)

Disseram-me: tu vais para a escola, é um meio perigoso porque irás encontrar pessoas que não são Testemunhas de Jeová. Vais frequentar professores que não são Testemunhas de Jeová, e todos eles são instrumentos do diabo, que os utiliza para te fazer tropeçar, para que vás para o seu (do diabo) caminho. Graças ao afastamento com as outras crianças, a escola foi um calvário.

 

Fim vídeo 2


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